
Olhando para trás, fica claro que os anos 60 foi o período de um mundo totalmente diferente de se viver para as mulheres. Embora tenha sido uma década repleta de inovação e ativismo – pousos na lua e grandes mudanças culturais -, também foi uma época em que os direitos das mulheres ainda eram seriamente limitados.
A vida para as mulheres naquela época tinham um conjunto de regras que hoje pareceria completamente ultrapassado e, francamente, inacreditável.
Desta forma, veja 8 coisas que as mulheres tiveram que suportar naquela época e que hoje em dia jamais seriam aceitas.
1. Saias obrigatórias e códigos de vestimenta
Imagine ouvir que você não podia usar calças no trabalho — ou mesmo na escola. Essa era a realidade da maioria das mulheres nos anos 60. Seja no escritório ou na sala de aula, saias e vestidos eram frequentemente as únicas vestimentas aceitáveis para mulheres. Os terninhos eram raros e, às vezes, até vistos como rebeldes.
A moda era menos sobre conforto ou autoexpressão e mais sobre se conformar aos ideais tradicionais de feminilidade. Felizmente, esses dias ficaram para trás. Hoje, as mulheres podem se vestir de acordo com o clima, o trabalho ou simplesmente o seu humor — seja com tênis, jeans ou um macacão ousado.
2. Oportunidades de estudo e emprego limitadas
Naquela época, cargos como secretária, enfermeira ou professora do ensino fundamental eram considerados “adequados” para mulheres. Estudar para seguir carreiras na engenharia, direito ou ciências muitas vezes significava ser demitida ou desencorajada.
Não se tratava apenas de tetos de vidro — era mais como paredes de concreto. Hoje em dia, as mulheres são pilotos, CEOs, cientistas e tudo o que há entre esses dois extremos. Embora a desigualdade não tenha desaparecido, os limites mudaram drasticamente.
3. Encontros aconteciam só se fossem ‘acompanhadas’
Nos anos 60, os encontros amorosos frequentemente vinham acompanhados de alguém que ficava de vela — geralmente um dos pais ou um irmão mais velho vigiando. Casais jovens raramente tinham permissão para ficar sozinhos, e o “comportamento adequado” era esperado o tempo todo.
A ideia era proteger a “reputação” da mulher, mas também limitava a liberdade pessoal. No mundo de hoje, a maioria das pessoas acharia a ideia de um acompanhante em um encontro completamente estranha – e absurda.
4. O casamento era o objetivo de vida
Na década de 1960, uma mulher era frequentemente julgada pela rapidez com que conseguia se casar — e por quão bem conseguia administrar uma casa depois. Permanecer solteira depois dos 30 anos era visto como suspeito ou até mesmo lamentável.
Hoje, a pressão para se casar diminuiu significativamente. Seja para se casar, permanecer solteira ou constituir família de uma forma não tradicional, essas decisões são vistas como pessoais, e não obrigatórias.
5. Ajudar no orçamento doméstico, mas sem poder do dinheiro
Curiosamente, embora os homens geralmente fossem os principais provedores, eram as mulheres que precisavam aumentar o orçamento doméstico, pagar as contas e manter tudo funcionando.
No entanto, muitas vezes, elas o faziam sem qualquer autoridade real sobre as principais decisões financeiras. Muitas nem sequer tinham acesso às suas próprias contas bancárias. Hoje em dia, as mulheres lideram famílias, administram investimentos e administram negócios bilionários.
6. Necessidade da permissão de um homem para obter crédito
Incrivelmente, há apenas algumas décadas, uma mulher frequentemente não conseguia obter um cartão de crédito, empréstimo ou hipoteca sem a assinatura de um homem. Seja marido, pai ou irmão, as mulheres dependiam da aprovação masculina para decisões financeiras básicas.
Hoje, esse tipo de política seria considerado totalmente discriminatório e ilegal. O direito à independência financeira tornou-se um pilar fundamental da igualdade de gênero.
7. Direitos ao ao controle de natalidade severamente restritos
Embora as pílulas anticoncepcionais tenham surgido na década de 1960, seu acesso não era fácil para a maioria das mulheres. Muitas precisavam comprovar o casamento – ou obter a permissão do parceiro. Enquanto alguns médicos se recusavam a prescrevê-las completamente.
Além da contracepção não ser amplamente acessível, o aborto era ilegal na maioria dos lugares. As mulheres tinham muito pouco controle sobre se – ou quando – se tornariam mães. O planejamento familiar era frequentemente ditado pelo que era social ou legalmente aceitável, não por escolha pessoal.
Embora atualmente os direitos reprodutivos ainda sejam debatidos em muitas partes do mundo, as mulheres agora têm mais opções e proteções legais do que nunca. Ter controle sobre o próprio corpo é agora entendido como essencial para a igualdade.
8. A maternidade era papel exclusivo da mulher
Ser mãe não era apenas incentivado, era esperado. As mulheres eram frequentemente levadas a acreditar que seu propósito na vida era criar filhos e administrar uma casa. Buscar uma carreira ou ambição pessoal era considerado secundário ou até mesmo egoísta.
Felizmente, a narrativa mudou. Muitas mulheres agora escolhem quando – ou se – querem ter filhos, e a sociedade está lentamente aprendendo a respeitar essas decisões.
Imagem de Capa: Reprodução Netflix