VAPE é oficialmente associado a uma doença pulmonar grave irreversível: “Pulmão de Pipoca”

O uso de cigarros eletrônicos, popularmente conhecidos como vapes, foi oficialmente associado a uma condição pulmonar grave, rara e irreversível chamada bronquiolite obliterante, também conhecida como “pulmão de pipoca”.

Essa doença danifica permanentemente os bronquíolos, as menores vias aéreas dos pulmões, levando a sintomas como tosse persistente, chiado no peito, falta de ar e fadiga.

De acordo com a American Lung Association, a bronquiolite obliterante foi inicialmente identificada em trabalhadores de fábricas de pipoca de micro-ondas, devido à exposição ao diacetil, um aromatizante artificial.

Estudos posteriores revelaram que o diacetil e outras substâncias tóxicas, como acetaldeído e formaldeído, também estão presentes em alguns líquidos de cigarros eletrônicos, expondo os usuários a riscos semelhantes.

Entretanto, casos recentes ilustram a gravidade da situação. Nos Estados Unidos, uma adolescente de 17 anos foi diagnosticada com “pulmão de pipoca” após três anos de uso contínuo de vapes, apresentando sintomas graves que exigiram hospitalização.

No Reino Unido, uma jovem de 20 anos, viciada em vapes, desenvolveu a mesma condição, com prognóstico de possível dependência de oxigênio aos 30 anos.

Em Portugal, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) alertou para casos de doença respiratória aguda grave associada ao uso de cigarros eletrônicos, incluindo a Lesão Pulmonar Associada ao Uso de Cigarro Eletrônico (EVALI).

Esses casos, muitos em jovens sem histórico prévio de doenças respiratórias, destacam a necessidade urgente de conscientização sobre os riscos do vaping.

A bronquiolite obliterante é uma condição sem cura conhecida. Embora tratamentos como corticosteroides possam aliviar os sintomas, o dano aos pulmões é permanente. Em casos avançados, pode ser necessário o uso contínuo de oxigênio ou até mesmo transplante pulmonar.

Imagem de Capa: Canva





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