
O consumo de álcool está cada vez mais presente no cotidiano de muitas pessoas, seja em momentos de lazer ou como válvula de escape para o estresse. No entanto, há um grupo que chama atenção: os alcoólatras de alto funcionamento.
Mesmo tendo uma relação preocupante com a bebida, essas pessoas mantêm uma rotina normal — com trabalho, família e compromissos em dia.
Ao contrário do estereótipo do alcoólatra desestruturado, esses indivíduos vivem como se nada estivesse fora do lugar, o que dificulta o diagnóstico e torna a situação ainda mais perigosa.
Por isso, neste artigo, revelamos nove sinais de que alguém pode estar enfrentando esse tipo de dependência silenciosa.
1. Trocar refeições por bebidas alcoólicas
Um dos sinais mais comuns é a preferência por bebidas alcoólicas no lugar de alimentos. A pessoa pode beber no café da manhã, almoço ou jantar, muitas vezes sem comer quase nada. Esse comportamento se torna um hábito, mascarado como algo social ou inofensivo.
2. Não sentir ressaca com frequência
O organismo de quem consome álcool de forma constante pode se adaptar a ponto de não apresentar sintomas típicos da ressaca. Isso ocorre porque o corpo mantém altos níveis da substância no sangue, indicando tolerância elevada e consumo crônico.
3. Irritabilidade ao ficar sem beber
Alcoólatras de alto funcionamento costumam se sentir ansiosos, irritados ou deprimidos quando passam um ou dois dias sem consumir álcool. Dessa maneira, gerando sintomas de abstinência leves, como tremores, sudorese e insônia — sinais claros de dependência física.
4. Beber em excesso com frequência
Mesmo que mantenham as aparências, essas pessoas raramente conseguem parar em uma ou duas doses. Em eventos sociais, costumam beber em demasia, sempre buscando “mais um” copo. Essa compulsão revela um padrão preocupante e difícil de controlar.
5. Apagar ou ter lapsos de memória
O consumo exagerado de álcool afeta diretamente o sistema nervoso. Pessoas que sofrem com esse tipo de dependência podem experimentar apagões mentais, esquecendo completamente o que fizeram ou disseram durante o consumo.
6. Negar que existe um problema
A negação é uma das principais barreiras no reconhecimento do alcoolismo funcional. Essas pessoas rejeitam qualquer sugestão de que têm um vício e, muitas vezes, se irritam quando o assunto é abordado. Para elas, tudo está “sob controle”.
7. Usar desculpas para justificar o vício
Outro sinal é a constante justificativa para beber: estresse, tristeza, pressão no trabalho ou “só para relaxar”. Essas explicações podem parecer razoáveis, mas servem apenas para esconder um hábito que está fora do normal.
8. Esconder garrafas ou beber em segredo
Quem está nessa condição costuma beber escondido — seja no carro, no quarto, no escritório ou em locais fora da vista dos outros. Esconder bebidas ou mentir sobre quanto consumiu é um forte indicativo de que há algo errado.
9. Mudanças de humor e comportamento
O álcool pode provocar alterações comportamentais intensas. Uma pessoa tranquila pode se tornar agressiva, impulsiva ou emocionalmente distante quando está sob efeito da bebida. Além disso, relações familiares e sociais acabam sendo afetadas pela instabilidade emocional provocada pelo vício.
Por que o alcoolismo funcional é tão perigoso?
Justamente por ser difícil de identificar. A pessoa mantém as aparências, mas está adoecendo por dentro. Além dos riscos físicos — como problemas no fígado, no coração e no cérebro —, esse padrão de consumo pode levar a crises emocionais, acidentes e isolamento social.
Então, se você identificar esses sinais em alguém próximo (ou em si mesmo), vale buscar ajuda. Alcoolismo é uma condição tratável, e quanto antes for identificado, maiores são as chances de recuperação.
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