Mulher para em hospital após realizar extensão de cílios

Atualmente, os procedimentos estéticos estão cada vez mais em alta, sendo possível modificar tudo em sua aparência. No entanto, o que pode parecer inofensivo à primeira vista pode se transformar em uma experiência traumática.

Dessa forma, Valéria Campos decidiu que iria fazer extensão de cílios, pois tinha desejo de ter cílios longos e volumosos. Contudo, após um ano, ela acabou no hospital devido a complicações inesperadas.

Quatro meses após a manutenção habitual, Valéria notou algo de errado. Suas pálpebras ficaram avermelhadas, inchadas e doloridas apenas três horas após o procedimento. Mesmo usando materiais aos quais estava acostumada, o inchaço e a dor aumentavam com o tempo.

Portanto, uma ida ao pronto-atendimento revelou uma infecção, cuja origem o médico não conseguiu precisar entre a cola e os cílios sintéticos utilizados.

A jornada de Valéria não terminou no consultório médico. Para se recuperar da infecção, ela precisou de sete dias de antibióticos. Apesar de não ter afetado sua visão, a enfermeira relata que seus cílios naturais nunca mais cresceram ao volume anterior, devido à perda significativa de fios.

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Outros casos

A estudante de psicologia Adne Lucilla Carvalho Santos, motivada pela busca por cílios exuberantes, também enfrentou um cenário semelhante. Desse modo, após sua primeira experiência com extensões em julho, uma reação alérgica causou vermelhidão e ardência.

Mesmo trocando de salão, a universitária teve uma segunda reação, destacando os riscos persistentes associados a esse procedimento aparentemente inofensivo.

O procedimento de extensão de cílios envolve a aplicação de fios sintéticos ou de seda em cada cílio natural, proporcionando um aspecto alongado e volumoso. O uso de uma cola especial é crucial para evitar alergias, mas a falta de cuidado na limpeza pode aumentar os riscos de contaminação ocular.

Como evitar

A Dra. Ediléia Bagatin, coordenadora do Departamento de Cosmiatria Dermatológica da Sociedade Brasileira de Dermatologia, destaca a importância de testar a substância antes do procedimento, especialmente para aqueles propensos a irritações químicas.

Dessa maneira, o teste, normalmente aplicado no braço, pode proporcionar mais segurança se não houver reações alérgicas após três dias.

Apesar de parecer inofensivo, o uso contínuo de cílios artificiais sem a devida limpeza e cuidado pode resultar em problemas graves. Desde a queda dos cílios naturais até patologias como úlcera de córnea, os riscos são reais e podem ter impactos duradouros.

A oftalmologista Claudia Del Claro, da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, destaca que complicações como blefarite, conjuntivite alérgica e lesões corneanas podem surgir, comprometendo não apenas a estética, mas a saúde ocular.

Portanto, a falta de limpeza adequada aumenta esses riscos, contradizendo o receio comum de que a limpeza causaria a queda prematura das extensões.

A ceratite, uma das complicações mais comuns, se manifesta por pequenas feridas superficiais causadas pelo contato da cola com a superfície ocular. Já a blefarite é uma inflamação na pálpebra que pode levar ao acúmulo de secreção, aumentando o risco de infecções.

A Dra. Patrícia Akaishi, oftalmologista do Hospital das Clínicas da FMRP-USP, enfatiza a importância de lavar o olho com água limpa e corrente ao perceber qualquer incômodo após a aplicação das extensões.

Em caso de persistência dos problemas, procurar ajuda médica é essencial para garantir a remoção adequada de resíduos de cola ou fios na superfície ocular e iniciar o tratamento.

Além dos riscos imediatos, o uso prolongado de extensões pode afetar a formação natural dos cílios, desalinhando-os devido ao peso do material utilizado.

Com informações: BBC

Imagem de Capa: ARQUIVO PESSOAL/Canva





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