
Um caso chocante de punição extrema contra uma criança abalou os Estados Unidos após a morte de um menino de apenas seis anos, submetido a um banho prolongado de água fria como forma de castigo.
A mãe da criança, Jannie M. Perry, de 42 anos, acabou declarando-se culpada pelo homicídio em primeiro grau, em um acordo judicial que a expõe a até 45 anos de prisão, segundo publicado na revista People.
O que aconteceu com a criança
O trágico episódio ocorreu no final de dezembro de 2021, em North Chicago, no estado de Illinois.
Segundo relatos oficiais, a criança, identificada como Damari Perry, foi punida por um comportamento considerado inadequado pelos adultos em sua casa — ainda não detalhado pelas autoridades — e colocado em um banho de água extremamente fria por um tempo prolongado.
Testemunhos e registros judiciais indicam que, após um período preso sob a água gelada, o menino começou a passar muito mal e logo ficou inconsciente.
Em vez de buscar ajuda médica, os responsáveis ignoraram os sinais de que algo estava profundamente errado, e Damari acabou morrendo em decorrência de hipotermia — quando o corpo perde calor corporal mais rápido do que consegue produzir, levando à falência dos órgãos.
Plano cruel
O que torna o caso ainda mais perturbador é que a justiça alegou que a mãe e seu filho mais velho, Jeremiah Perry, de 24 anos, não apenas planejaram e executaram o castigo cruel, mas que depois o deixaram em um prédio abandonado em Indiana na tentativa de encobrir o crime.
O promotor responsável pelo caso qualificou as ações de Jannie e de seu filho como “brutais e hediondas”, ressaltando que havia evidências claras de que o incidente não foi acidental, mas sim um plano calculado que resultou na morte de uma criança indefesa.
Como parte do acordo judicial aceito pela defesa, várias acusações graves foram retiradas, mas Jannie Perry ainda enfrenta uma pena de até 45 anos de prisão. Sua sentença está marcada para 30 de janeiro de 2026.
Por sua vez, Jeremiah Perry, que também foi acusado em conexão com a morte do irmão, deve ir a julgamento em 9 de fevereiro de 2026.
Reflexão sobre abuso infantil e punição
Casos como este apontam para debates dolorosos mas necessários sobre os limites da disciplina infantil e como a punição extrema pode cruzar a linha para violência letal e abuso de menores.
Organizações de proteção à criança defendem que punições físicas, especialmente quando infligidas de maneiras extremas, não apenas trazem riscos físicos sérios, mas também podem deixar cicatrizes psicológicas profundas para aqueles que sobrevivem — e, em tragédias como essa, podem custar vidas inocentes.
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