Homem doou rim à esposa mas pede órgão de volta após ela pedir divórcio

Esse caso de divórcio chocou a todos e desafiou as fronteiras da ética e da legislação. Desse modo, o Dr. Richard Batista ganhou destaque ao exigir que sua ex-esposa, Dawnell Batista, devolvesse o rim que ele havia doado a ela ou pagasse uma compensação de aproximadamente R$7,5 milhões.

O casal, unido em matrimônio desde 1990 e com três filhos, enfrentou uma série de desafios, agravados pela saúde debilitada de Dawnell. Infelizmente, ela passou por dois transplantes de rim malsucedidos.

Dessa forma, o Dr. Batista, um cirurgião, doou um de seus rins para salvar sua vida em 2001. O gesto, inicialmente interpretado como um ato de amor e sacrifício, rapidamente se transformou em uma disputa amarga quando Dawnell solicitou o divórcio em 2005.

A surpreendente exigência do Dr. Batista de recuperar o rim doado ou receber compensação financeira como parte do acordo de divórcio gerou uma reação intensa de especialistas em ética legal e médica.

Legislação

Nos Estados Unidos, a doação de órgãos é legalmente considerada um presente irrevogável, destinado a evitar o comércio de órgãos humanos. Esta legislação visa manter a natureza altruísta da doação e proteger a saúde e a dignidade tanto dos doadores quanto dos receptores.

Assim, reclassificar um órgão doado como um ativo negociável em um acordo de divórcio desafiaria não apenas as leis existentes, mas também poderia estabelecer um precedente perigoso.

Além das questões legais, o caso suscitou dilemas éticos profundos. Os especialistas enfatizaram que recuperar um órgão doado após o transplante é não apenas medicamente arriscado, mas também eticamente questionável.

Tratar órgãos doados como propriedade recuperável minaria os princípios fundamentais da doação de órgãos, comprometendo a voluntariedade, o altruísmo e a santidade da relação doador-receptor. Tais demandas poderiam corroer a confiança pública no sistema de doação de órgãos e desencorajar futuros doadores.

Portanto, o Supremo Tribunal do Condado de Nassau de rejeitou o pedido do Dr. Batista. Dessa forma, reafirmando a natureza irrevogável da doação de órgãos e destacou as possíveis implicações legais e éticas de buscar compensação financeira por um órgão doado.

Advogados e representantes médicos aclamaram a decisão do tribunal, considerando-a um passo crucial para proteger a integridade das leis de doação de órgãos e os padrões éticos da prática médica.

Com informações: Aventuras na História

Imagem de Capa: Divulgação/Vídeo/CBS/Arquivo Pessoal





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