
Em Goiás, as gêmeas siamesas, de 1 anos e 6 meses, passaram por uma cirurgia delicada de separação que começou no dia 10 e terminou no dia 11 de maio, com uma duração total de 19 horas.
Entretanto, uma delas, Kiraz, não resistiu e teve a morte confirmada pelo pai nesta segunda-feira (19). A irmã, Aruna, está em estado grave mas com evolução esperada para a fase atual do pós-operatório, de acordo com informações do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad).
Segundo o Hecad, Kiraz passou por uma série de exames para comprovar a morte encefálica da bebê, seguindo os diversos protocolos que confirmem a ausência das funções cerebrais. No perfil no Instagram das gêmeas, foi publicado um comovente post: “Descanse em paz, filha”, diz a publicação.
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Aruna respira com a ajuda de aparelhos e medicamentos estão sendo utilizados para controlar a circulação sanguínea. A bebê está sendo acompanhada pela equipe multiprofissional da unidade, para garantir sua evolução clínica.
O médico responsável pela cirurgia, Zacharias Calil, chegou a considerar o procedimento de separação como muito complexo. Segundo o Hecad, o procedimento contou com a participação de 16 especialistas e com uma equipe multidisciplinar de 50 profissionais.
A preparação para a cirurgia começou há 6 meses, quando foi realizado o primeiro procedimento de pré-separação, onde as meninas receberam expansores de pele.
O especialista explica que as gêmeas eram unidas pelo osso ísquio e possuíam três pernas e compartilhavam a bacia, abdômen e tórax, além de diversos órgãos, sendo classificadas como esquiópagas triplas, um caso especialmente complexo.
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Imagem de Capa: Kiraz e Aruna