Neurologista revela hábito mais assustador – e silencioso – que está destruindo seu cérebro sem que você perceba

Não é segredo para ninguém que o exercício físico fortalece o corpo. O que passa despercebido, no entanto, é a importância para o cérebro de se movimentar.

Segundo a neurologista Dra. Kim Johnson Hatchett, um dos erros mais prejudiciais que ela observa em seus pacientes é o abandono total da atividade física — especialmente o treinamento de força.

Esse descuido, especialmente exercícios que desafiem os músculos, não apenas acelera o enfraquecimento muscular, mas também interfere em processos neurológicos essenciais, como a produção do fator de crescimento nervoso (NGF).

O NGF desempenha um papel fundamental no suporte dos neurônios e da bainha protetora chamada mielina, ambos essenciais para manter a função cognitiva aguçada. Sem ele, o cérebro se torna mais vulnerável ao declínio.

Desta forma, quando paramos de nos mover, o cérebro sofre — e muito.

Movimento: A Medicina preventiva esquecida

Vivemos em uma era de conveniência: trabalho remoto, horas diante de telas, lazer sedentário. E quem mais sofre com isso? Nosso sistema neurológico.

Assim como os medicamentos são prescritos para prevenir doenças, a atividade física pode servir como medicina preventiva. Exercitar-se regularmente, ainda que em pequenas doses, ativa regiões cerebrais ligadas à memória, foco e tomada de decisões. Movimentos simples, como agachamentos, caminhadas ou exercícios com peso corporal, fazem toda a diferença.

O envelhecimento por si só já reduz a massa muscular. Sem treinamento adequado, tarefas básicas como subir escadas ou carregar compras tornam-se difíceis — e a saúde mental também entra em declínio.

A Dra. Hatchett enfatiza que mesmo movimentos diários breves podem reduzir significativamente o risco de demência e outros problemas cognitivos e está ao alcance de todos. Comece devagar, mas comece. O movimento é a chave para um cérebro mais forte, saudável e resiliente — em qualquer idade.

O que acontece dentro do cérebro quando você se move

Cada vez que o corpo se exercita, seja por meio de exercícios cardiovasculares ou de resistência, o cérebro responde de maneiras extraordinárias. O aumento do fluxo sanguíneo fornece oxigênio e nutrientes vitais, melhorando a clareza mental e o foco.

Aprender uma nova habilidade física, como um esporte ou uma rotina de dança, força o cérebro a desenvolver novos caminhos neurais. A repetição dessas atividades fortalece essas conexões , melhorando a memória, a coordenação e a resiliência.

Além disso, o treinamento de força é mais importante do que nunca com o passar da idade pois o envelhecimento naturalmente leva à redução da massa muscular. Esse declínio se torna mais perceptível após os 50 anos.

Diversos estudos mostram que maior massa muscular está relacionada a uma maior expectativa de vida e menor risco de doenças crônicas. A deterioração muscular afeta o metabolismo, o equilíbrio e até mesmo o bem-estar mental. Manter a força não é uma questão de vaidade; trata-se de criar uma base estável para uma vida longa e saudável.

O exercício físico não é benéfico apenas para o corpo e o cérebro, mas também crucial para a saúde emocional. A atividade física desencadeia a liberação de endorfinas e outras substâncias químicas que promovem o bem-estar, reduzindo o estresse, a ansiedade e os sintomas de depressão.

A prática regular de exercícios promove uma perspectiva mais positiva, melhores padrões de sono e maior resiliência diante dos desafios diários da vida.

A especialista enfatiza: envelhecer não precisa significar perder força ou lucidez. Exercícios de resistência duas vezes por semana são suficientes para preservar equilíbrio, coordenação e saúde mental. Mesmo idosos podem (e devem) adaptar a prática física à sua realidade.

Além dos benefícios físicos e mentais, manter-se ativo reduz despesas com saúde no futuro. Ou seja, exercitar-se é um investimento de baixo custo com retorno garantido.

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Imagem de Capa: Kim Johnson Hatchett/Canva





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