Vítima de violência doméstica escreve comovente carta aberta: “Não estamos sozinhas”

Leila Fernandes de Oliveira, de 41 anos, procurou a delegacia de proteção à mulher de São Mateus, Estado do Espírito Santo, após ser agredida com socos e puxões de cabelo pelo marido.

Após a denúncia do caso, a diarista decidiu escrever uma carta aberta dividindo sua história para encorajar outras mulheres a denunciarem seus agressores.

Ela espera que seu relato inspire outras vítimas a um grito por liberdade e um chamado à ação “Cada mulher que se levanta contra o abuso é uma luz para outras que ainda estão nas sombras”, escreveu.

Leia a seguir a carta aberta de Leila:

“Cara amiga,

Meu nome é Leila Fernandes de Oliveira. Recentemente, vivi uma das experiências mais difíceis da minha vida: a violência doméstica. Após muita reflexão e coragem, decidi tomar uma atitude que mudaria minha história.

Com a força que encontrei dentro de mim, procurei ajuda na delegacia de proteção à mulher em São Mateus, ES. Fui acolhida e amparada, e agora, com o coração cheio de esperança, aguardo pela justiça.

Decidi que minha voz não ficaria em silêncio. Autorizei a publicação das fotos de minha agressão não como um sinal de fraqueza, mas como um ato de força e coragem. É uma mensagem para você, para todas nós, mulheres que enfrentamos o medo e a opressão dentro de nossas próprias casas: não estamos sozinhas.

Sei que o passo para se libertar desse ciclo de violência pode parecer gigantesco. O medo nos paralisa, a incerteza sobre o futuro nos consome, mas há um poder dentro de cada uma de nós que é maior do que qualquer obstáculo: o poder da nossa dignidade e do nosso direito de viver sern violência.

Encorajo você a buscar ajuda. Não há vergonha em admitir que estamos sofrendo; a vergonha estórias ações daqueles que nos machucam. Há redes de apoio, há delegacias especializadas, e há pessoas que compreendem a sua dor e estão prontas para ajudar.

Ao compartilhar minha história, espero inspirar outras mulheres a fazerem o mesmo. Que minha fotografia seja mais do que um registro de dor; que seja um grito por liberdade e um chamado à ação. Cada denúncia é um passo em direção a um futuro sem violência. Cada mulher que se levanta contra o abuso é uma luz para outras que ainda estão nas sombras.

Não espere pelo momento “certo”, pois o momento mais poderoso é sempre agora. Proteja-se, ame-se e saiba que sua coragem pode ser o farol para outras mulheres.”

Com informações: Tribuna Online

Imagem de Capa: Arquivo Pessoal





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