Vamos aos fatos: você já vivenciou ou conhece alguém que precisou de segundas, terceiras e quartas chances para provar que não merecia nem a primeira.
O ser humano tem dentro de si um poder de recuperação muito forte e, em nome disso, prefere a dor à renúncia.
O medo de escutar da consciência “você deveria ter tentado” faz com que pessoas sensatas percam sua sabedoria em segundos e desperdiçam seu tempo, sua saúde e sua paciência em relacionamentos fracassados.
Certa vez li um texto de Caio Fernando Abreu que me fez refletir por anos : “Não existem segundas chances, porque nada volta a ser como era antes. Depois que algo é quebrado sempre vão existir marcas que vão provar que algo esteve errado. Não existem segundas chances quando um coração é magoado. Não existem outras oportunidades para algo que se deixou passar.” E é bem assim mesmo!
Acredito que deva existir relacionamentos que tenham dado certo na segunda vez e que, essas histórias, serviriam de roteiros para filmes de sessão da tarde, mas o preço pago para voltar a ter confiança, é muito alto.
Quando começamos um relacionamento é porque depositamos no outro uma confiança plena. Abrimos nossa vida, nossa alma e nosso melhor para quem julgávamos merecer. Quando esse relacionamento termina, é porque um dos dois não estava inteiro na relação. E o que te faz acreditar que depois de terminar, ficaria? Isso é uma questão de lógica. Dar valor depois que perde é para amadores, adultos gostam de profissionais, que dão valor na primeira e fazem tudo acontecer de verdade.
Olhem para o tempo: não resta muito.
E perder tempo com quem já errou uma, duas ou três vezes é assinar um termo de anulação dos próprios sentimentos e de incapacidade para administrar a própria vida. É sofrer até se convencer de que o seu valor não está nas mãos do outro e que, que quando te deixam partir, é porque você não era a primeira opção. Perdoar é uma coisa. Ficar em um relacionamento menos estável que um ioiô é outra.
Entenda que pessoas que, realmente, mereceriam segundas chances nunca a usam. Elas valorizam a primeira…
Por: Pamela Camocardi