
Com o avanço da idade, o corpo passa por diversas transformações — e isso inclui a pele. Mais fina, delicada e propensa ao ressecamento, a pele dos idosos exige cuidados especiais, inclusive na hora do banho.
De acordo com especialistas, pessoas com mais de 60 anos devem manter uma frequência de 2 a 3 banhos por semana. Essa orientação pode surpreender quem associa limpeza à quantidade de banhos, mas, para pessoas mais velhas, menos pode ser mais quando o assunto é saúde dermatológica.
Por que idosos devem evitar banhos diários?
Com o avanço da idade, a estrutura da pele sofre alterações significativas. Portanto, elas tendem a perder boa parte de sua hidratação natural, se tornando mais sensíveis e diminuem a sua capacidade de regeneração.
Banhos muito frequentes, especialmente com água quente e sabonetes agressivos, removem a oleosidade natural da pele, favorecendo a descamação, coceira e até pequenas feridas.
Segundo médicos dermatologistas, reduzir a frequência dos banhos ajuda a preservar a barreira protetora da pele, essencial para evitar irritações, infecções e alergias.
Recomendações para o banho ideal em idosos
Para garantir a higiene sem prejudicar a saúde da pele, especialistas indicam os seguintes cuidados:
1. Frequência adequada
- De 2 a 3 vezes por semana costuma ser suficiente para a maioria dos idosos.
- Em dias mais quentes ou após atividades físicas, pode-se ajustar a frequência, com banhos rápidos e leves.
2. Temperatura da água
- Água morna é a mais indicada.
- Evite banhos quentes, pois eles removem a camada protetora da pele com mais facilidade.
3. Escolha dos produtos
- Prefira sabonetes neutros, suaves e hidratantes.
- Evite produtos com fragrâncias fortes, álcool ou agentes esfoliantes.
4. Hidratação pós-banho
- Sempre aplique um hidratante corporal específico para peles maduras logo após o banho.
- Isso ajuda a manter a pele nutrida e previne o ressecamento.
5. Atenção à sensibilidade da pele
- Pessoas com pele muito sensível ou condições dermatológicas (como psoríase ou dermatite) podem precisar de cuidados ainda mais delicados.
Nesses casos, a frequência dos banhos pode ser ainda menor e deve seguir orientação médica.
Clima e rotina também influenciam
Em regiões de clima quente ou úmido, é comum que o idoso sinta necessidade de mais banhos. Nesses casos, o ideal é que os banhos extras sejam rápidos, com menos uso de sabonete e foco nas áreas mais suadas do corpo, como axilas, pés e virilha.
Já em ambientes frios e secos, o cuidado com o ressecamento deve ser redobrado — inclusive com o uso de umidificadores de ar nos ambientes fechados.
Quando consultar um dermatologista?
Cada pele é única. Por isso, consultar um dermatologista é essencial para receber recomendações personalizadas de acordo com o estado da pele, histórico de doenças e estilo de vida do idoso.
Além disso, o banho é também um momento de autocuidado e bem-estar, e pequenos ajustes podem fazer grande diferença na saúde e na qualidade de vida na terceira idade.
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