Professora protesta sem roupa contra racismo em mercado: ‘me senti uma marginal’

No último dia 7 de abril, em Curitiba, uma professora de 43 anos fez um protesto contra racismo em um supermercado Atacadão em Curitiba. Dessa forma, Isabel Oliveira contou que foi perseguida por um segurança enquanto fazia compras e depois de conversar com ele, foi até a polícia denunciar a situação.

“Eu olhava pra ele, ele desviava o olhar. Num momento eu olhei pra ele e fiquei esperando pra ver o que ele ia fazer. Ele ficou desconfortável. Caminhei mais um pouco e ele continuou olhando”, disse.

No entanto, a empresa disse que não identificou indícios de abordagem indevida, mas se colocou à disposição de Isabel.

Em suas redes sociais, Isabel publicou um desabafo contando como se sentiu diante dessa situação. Ela conta que se sentiu como uma “marginal”.

“Não pode ficar assim, eu tenho dois filhos, não quero que eles passem por isso.”

Isabel resolveu protestar contra a situação e voltou ao supermercado para tirar a roupa e escrever em seu corpo “sou uma ameaça?”. Ela queria mostrar que não estava sexualizando nada, apenas perguntando se seu corpo poderia ser uma ameaça para aquele ambiente.

A empresa afirmou que lamenta que a cliente tenha se sentido da maneira relatada e que possui uma política de tolerância zero contra qualquer tipo de comportamento discriminatório ou abordagem inadequada. Eles realizam treinamento rotineiro com funcionários para que essas ações não aconteçam.

Isabel fará um boletim de ocorrência na segunda-feira (10) e espera que a situação não se repita com outras pessoas. A atitude da professora gerou grande repercussão nas redes sociais e mostra que o combate ao racismo ainda é uma luta diária e necessária em nossa sociedade.

Imagem de Capa: Isabel Oliveira





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