Por que raramente vemos filhotes de pomba? Entenda o fenômeno

As pombas são uma presença comum em centros urbanos ao redor do mundo, sendo fácil avistá-las nas ruas, praças e espaços públicos. Entretanto, poucas pessoas param para se questionar por que é tão incomum encontrar filhotes de pomba.

Vamos explorar esse fenômeno e entender melhor o comportamento dessas aves.

De acordo com o biólogo Oriel Nogali, do Setor de Aves da Fundação Parque Zoológico de São Paulo, os filhotes de pomba só deixam o ninho quando possuem uma plumagem semelhante à dos adultos.

Isso ocorre pelo rápido metabolismo desses filhotes. Desse modo, eles consomem alimento em uma proporção quase equivalente ao seu peso corporal, resultando em um rápido crescimento.

Portanto, os pais continuam a alimentá-los até que possam voar e procurar alimento por conta própria. No entanto, quando finalmente deixam o ninho, esses filhotes já possuem o mesmo tamanho dos adultos.

Reprodução descontrolada

Nogali ressalta que as pombas se reproduzem com facilidade, e as ninhadas podem permanecer junto dos pais por aproximadamente dois meses. Cada fêmea pode botar até cinco ovos, e a quantidade de filhotes aumenta conforme a disponibilidade de comida no ambiente.

Embora as pombas “comuns” construam ninhos em estruturas montadas pelo ser humano, diferentemente de outras espécies que procuram galhos de árvores, elas conseguiram uma notável adaptação ao convívio com o ser humano.

Dessa forma, levando muitas pessoas a acreditarem que as pombas estão em toda parte, enquanto outras aves desapareceram das metrópoles. Essa crença é reforçada pela concentração massiva de pombas em áreas urbanas e pela falta de observação das demais aves devido à rotina agitada das pessoas.

Apesar de sua presença comum, as pombas não são exatamente símbolos de higiene. Elas podem transmitir várias doenças parasitárias, virais ou bacterianas através do contato direto, ingestão de carne contaminada, ou inalação de pó proveniente de suas fezes ou penas.

Por isso, é importante evitar alimentá-las e adotar medidas para controlar sua reprodução descontrolada, como colocar obstáculos em locais que poderiam servir de ninho.

Imagem de Capa: Canva





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