
É comum observar donos de cães e gatos tratarem os seus pets como parte de sua família. Muitos tutores se pegam contando sobre o dia, fazendo perguntas ou até mesmo dando broncas em seus pets, quase como fariam com uma criança.
Mas afinal, o que esse hábito revela sobre nós? A psicologia tem algumas respostas interessantes.
Por que falamos com os pets?
Nós, seres humanos, temos a tendência de conversar com animais de estimação como forma de construir vínculos afetivos. Ao direcionar palavras, entonação e expressões faciais para nossos cães ou gatos, ativamos áreas cerebrais ligadas à empatia e à socialização.
Mesmo sem compreender a linguagem verbal, os pets conseguem captar sinais emocionais no tom da voz e na postura do tutor. Cães, por exemplo, demonstram grande sensibilidade à variação de entonações, reconhecendo quando o dono está alegre, preocupado ou bravo.
Humanização e pertencimento
Dar nomes humanos, cantar parabéns, comprar presentes ou incluir o animal em datas especiais não é apenas “mimo”. De acordo com os especialistas, essas práticas reforçam a sensação de pertencimento e aproximam ainda mais o vínculo emocional entre tutor e pet.
Esse fenômeno é conhecido como antropomorfismo, ou seja, atribuir características humanas a seres não humanos.
Longe de ser um exagero, a humanização moderada pode fortalecer a relação e aumentar a qualidade de vida de ambos.
Benefícios psicológicos de conversar com animais
Segunda a ciência, conversar com os nossos animais pode trazer efeitos positivos para a saúde mental. Pesquisas revelam que a interação com animais estimula a liberação de oxitocina, o chamado “hormônio da felicidade”. Isso ajuda a:
- Reduzir os níveis de estresse;
- Melhorar o humor;
- Aumentar a sensação de segurança emocional;
- Combater a solidão.
Para pessoas que vivem sozinhas, falar com cães e gatos pode representar uma forma de companhia constante, funcionando como apoio emocional e até alívio para momentos de ansiedade.
Pets como facilitadores sociais
Outro aspecto curioso é o papel dos animais na vida social de seus tutores. Ao passear com um cachorro, por exemplo, é comum iniciar conversas com desconhecidos. Assim, o pet se torna um mediador natural de interações humanas, ampliando a rede de contatos sociais de forma espontânea.
Uma linguagem que vai além das palavras
Mesmo que não entendam cada frase, os pets respondem à forma como nos comunicamos. Usar entonações positivas, interpretar sinais corporais e adaptar o jeito de falar de acordo com as reações do animal são formas de construir uma convivência harmoniosa.
Segundo psicólogos, conversar com animais não é apenas um ato de afeto: é também uma ferramenta poderosa de conexão emocional que fortalece tanto o vínculo humano-animal quanto o bem-estar de quem compartilha a vida com eles.
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