Mulher morre de doença rara após médicos afirmarem que era “coisa da cabeça dela”

Na Nova Zelândia, uma mulher de apenas 33 anos de idade morreu após diagnóstico tardio de doença rara. Stephanie Aston teve uma morte trágica e trouxe à tona um tema importante sobre a influência do sexismo na medicina.

A mulher lutava contra a Síndrome de Ehlers-Danlos (EDS), uma doença genética rara. Dessa forma, enfrentou a acusação injusta de que seus sintomas estavam “em sua cabeça”.

Stephanie começou sua batalha contra a EDS aos 25 anos, quando os sintomas começaram a se manifestar. Infelizmente, naquela época, ela não tinha conhecimento de que havia herdado essa doença rara.

A Síndrome de Ehlers-Danlos é uma condição genética que enfraquece os tecidos conjuntivos do corpo, desempenhando um papel crítico no suporte da pele, vasos sanguíneos, ossos e órgãos vitais.

Portanto, seus sintomas incluíam articulações soltas, cicatrização anormal, fragilidade da pele e uma série de problemas médicos que afetaram drasticamente sua qualidade de vida.

Um dos aspectos mais angustiantes da jornada de Stephanie foi a maneira como os médicos inicialmente desconsideram seus sintomas, atribuindo-os erroneamente a problemas mentais.

Contudo, ao invés de receber a devida atenção médica, ela foi acusada de fingir suas condições físicas e colocada sob vigilância psiquiátrica. Isso resultou em procedimentos invasivos e traumáticos, incluindo exames retais, que não tinham base científica adequada.

Desse modo, o caso de Stephanie destaca um problema sério no sistema de saúde: a falta de compreensão e sensibilidade em relação às doenças raras.

Sexismo na medicina

Um aspecto preocupante dessa história é o sexismo presente na medicina. As pesquisas indicam que profissionais de saúde têm maior probabilidade de diagnosticar incorretamente as mulheres ou de não levá-las a sério.

Os corpos femininos são sub-representados na pesquisa clínica, e questões de gênero e sexo são muitas vezes inadequadamente abordadas. Isso resulta em diagnósticos errôneos e tratamentos ineficazes para muitas mulheres, como Stephanie Aston.

Além disso, existe o equívoco prejudicial de que as mulheres não “sentem” dor da mesma forma que os homens. Esse mito misógino persiste em muitos aspectos da medicina, afetando a qualidade do atendimento médico que as mulheres recebem.

Essa desinformação afeta ainda mais as mulheres de cor, que podem enfrentar preconceitos adicionais em relação à sua saúde.

Stephanie Aston deixou um legado como defensora dos pacientes e uma voz para aqueles que enfrentam doenças raras e desafios médicos injustos. Sua determinação em buscar respostas e ajuda para sua condição, apesar da oposição, é um exemplo de coragem e resiliência.

Imagem de Capa: Ruby’ Voice Trust





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