Mulher esclarece como funciona a lista de transplante de órgãos no Brasil após acusarem Faustão furar fila

Nas redes sociais, Faustão se tornou um dos assuntos mais falados após necessitar de um transplante de coração. No entanto, após conseguir rapidamente seu transplante através do SUS, muitos questionaram se o ex-apresentador teria furado a fila por ter dinheiro e ser famoso.

Dessa forma, Michelle Fernanda Luckesi, usou seu perfil para chamar atenção de seus seguidores e derrubar boatos sobre a lista de transplantes de órgãos no Brasil. “Se o Faustão é rico por conseguir um transplante em alguns dias, eu sou milionária”, disse.

Michelle, residente em São Paulo, recebeu o diagnóstico de hepatite autoimune, uma doença que afetou seu fígado e outros órgãos. Desse modo, sua jornada começou quando ela acordou um dia com dores de cabeça, vômitos e o surgimento de manchas avermelhadas na pele, acompanhados de febre.

Dessa forma, após uma longa jornada, os médicos descobriram que seu fígado havia entrado em falência, afetando gravemente outros órgãos.

Michelle relata que os médicos realizaram exames para avaliar suas atividades cerebrais e, felizmente, encontraram sinais positivos. Devido à urgência extrema de seu caso, ela foi colocada no topo da lista de espera para um transplante de fígado. Os médicos enfatizaram que ela só resistiria mais 48 horas sem um novo órgão.

Incrivelmente, apenas 24 horas após entrar na fila de transplante, Michelle recebeu um fígado compatível e passou pelo procedimento. Dessa maneira, sua história é uma demonstração poderosa da eficácia e da importância do sistema de transplantes no Brasil.

Desmistificando a lista de transplantes

Portanto, é fundamental compreender como funciona o Sistema Nacional de Transplantes no Brasil. A lista não considera o poder aquisitivo, a celebridade ou o hospital onde o paciente está internado.

A ordem de inscrição é seguida cronologicamente, com prioridade para crianças. A gravidade do caso também é levada em conta, e a compatibilidade com o doador influencia o tempo de espera. Além disso, as filas são regionalizadas para facilitar o transporte de órgãos.

“Eu vi muitas pessoas escrevendo coisas absurdas sobre ‘furar fila’. Entendo a revolta, é angustiante viver sofrendo com uma doença grave. Mas não concordo com o que dizem. Existem muitos meios de informação sobre a lista de espera. Já existem muitos mitos que atrapalham a doação e consequentemente a fila não anda. O que falta é doador. Em vez de espalhar coisas ruins, espalhem sobre a importância da doação de órgãos”, diz Michelle.

Imagem de Capa: Fausto Silva/Michelle Fernanda Luckesi





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