Mariana Oliveira, de 30 anos, contou que sempre sonhava em ser mãe. Ao conseguir engravidar, ela já tinha se preparado para receber seu filho.

No entanto, aos 7 meses de gestação, ela descobriu que o feto não tinha cérebro e não tinha chances de sobreviver após o nascimento.

Mariana explicou que, antes desse exame, já havia feito outras ultrassonografias, mas nenhum havia detectado o problema. Ela disse que mostrou seus exames anteriores à médica que fez o diagnóstico e que o profissional pediu outro exame, que confirmou a anencefalia.

“A gente já tinha roupinha, eu já tinha feito chá revelação, já tinha nome. O neném ia chamar Júlio César. Já tinha quartinho, tudo”, detalhou a mulher.

Após receber a notícia de que seu filho não sobreviveria, Mariana conta que seu médico lhe deu duas opções: interromper a gravidez, por meio de uma indução do parto ou continuar com a gestação até o final, colocando em risco sua própria vida.

Com os exames em mãos, a mulher foi até um hospital para tentar o procedimento, mas foi orientada a conseguir uma autorização judicial.

A lei brasileira permite a interrupção da gravidez por três motivos: estupro, risco de vida à mãe e feto anencefálico. Desse modo, em caso de anencefalia fetal, a mulher pode interromper a gestação, por não haver chance de sobrevivência.

Ao procurar o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) para conseguir a autorização, Mariana recebeu apoio de uma promotora, que entrou em contato com o hospital para que o procedimento fosse realizado o quanto antes.

“Com a quantidade de burocracia e problema para resolver, eu e o meu marido nem tivemos tempo de viver o luto, foram poucos momentos pra gente parar e chorar”, acrescentou Mariana.

Com informações g1

Imagem de Capa: Arquivo pessoal/Mariana Oliveira por g1





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