As imagens produzidas por inteligência artificial (IA) foram criadas usando análise de engajamento em dados de mídia social, através de ferramentas que analisaram bilhões de imagens de humanos.
A pesquisa foi monitorada pelo The Bulimia Project, um grupo de conscientização sobre distúrbios alimentares, e eles alertaram que os resultados das imagens são “bastante irrealistas” nas representações dos tipos de corpo.
Para começar, as imagens de homens e mulheres mostram um viés para tons de pele oliva e corpo tonificado, enquanto as imagens das mulheres tendem a ter cabelos loiros e olhos castanhos, e para os homens, cabelos castanhos e olhos castanhos.
Os resultados da cor do cabelo não são a única coisa que levantou preocupações após a divulgação das descobertas.
O estudo do Bulimia Project, que foi realizado usando Dall-E 2, Stable Diffusion e Midjourney, também descobriu que as imagens inspiradas na mídia social da IA era muito mais ‘sexualmente carregada’ do que as imagens encontradas em outros lugares na internet.
Para as mulheres, 37% das imagens geradas por IA tinham cabelos loiros e 53% das imagens produzidas incluíam mulheres com pele morena.
Enquanto isso, a imagem do corpo masculino ideal apresentava grandes fisiculturistas musculosos, tanquinhos rasgados e camisetas extra justas.
Para os homens, 67% das imagens geradas por IA incluíam cabelos castanhos, enquanto 63% das imagens eram de pele bronzeada, mostrando uma clara preferência por homens com cabelos mais escuros e pele de tom médio. Além de ter barba e olhos castanhos.
Já na busca de imagens da mulher ‘perfeita’, os resultados continham imagens de mulheres com olhos castanhos, cabelos castanhos e pele bronzeada.
“Considerando que a mídia social usa algoritmos com base em qual conteúdo recebe os olhares mais demorados, é fácil adivinhar por que as renderizações da IA seriam mais sexualizadas”, disse o The Bulimia Project.
“Mas só podemos supor que a razão pela qual a IA criou tantas versões estranhas dos físicos que encontrou nas mídias sociais é que essas plataformas promovem tipos de corpo irreais, para começar”.
Imagem de Capa: The Bulimia Project
