Hospital justifica o que levou à amputação do braço da mãe: “60% morrem”

O caso da jovem que esteve internada para o parto do seu bebê e teve uma consequência dramática, tem gerado muita polêmica em todo o Brasil.

Gleice Kelly Gomes Silva, de 24 anos, foi internada no Hospital NotreDame Intermédica Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, para o parto do seu filho, mas teve a mão e punho esquerdo amputados após ser admitida para dar à luz.

Depois de o caso de Gleice ser compartilhado nas mídias, causou muita revolta entre as pessoas.

A administração do hospital, que é particular, decidiu expor os detalhes do atendimento à paciente.

Segundo a unidade de saúde, complicações após o parto puseram a vida da mulher em risco e a decisão de remoção de parte do braço se deu por uma “irreversível piora do quadro”.

“Devido à irreversível piora do quadro com trombose venosa de veias musculares e subcutâneas, houve a necessidade de se optar pela amputação do membro em prol da vida da paciente”, disse em uma nota enviada ao portal UOL.

Gleice deu entrada no hospital no dia 9 de outubro, com 39 semanas de gestação para dar à luz seu terceiro filho, de parto normal.

Entretanto, ela teve complicações pós-parto devido a uma importante hemorragia, evoluindo para um choque hemorrágico grave, e por isso, precisou ser transferida para a unidade hospitalar de São Gonçalo, Rio de Janeiro.

Tal quadro é responsável por 60% de mortes maternas no período pós-parto, segundo a literatura medica.

Além disso, o acesso venoso que haviam colocado em seu braço esquerdo – feito no Hospital da Mulher de Jacarepaguá – estava deixando seu mão inchada e roxa.

Segundo a família da paciente, somente cerca de 12 horas depois que os funcionários decidiram pegar um acesso no braço direito e, em seguida, um acesso profundo no pescoço da paciente.

De acordo com a unidade de saúde, “o braço esquerdo foi imediatamente tratado desde os primeiros sinais de isquemia secundário ao choque hemorrágico, conforme consta no relatório médico”.

Gleice foi transferida no dia 12 e, quatro dias depois, foi informada da necessidade de amputação do seu braço esquerdo, sem maiores informações sobre o motivo.

A Polícia Civil, o Ministério Público e o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro já abriram investigações para verificar se há inconsistências ou responsabilizações a serem atribuídas no episódio.

A unidade de saúde anunciou o afastamento da liderança médica depois que a denúncia ganhou notoriedade na imprensa.

Imagem de Capa: Arquivo Pessoal

 

 





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