Greve em Hollywood: Estúdios buscam digitalizar imagem de atores sem pagar

Recentemente, o Sindicato de Atores de Hollywood (SAG-AFTRA) revelou que os estúdios estavam buscando uma proposta controversa que visava digitalizar a imagem dos atores sem remunerá-los adequadamente. Essa proposta, que foi prontamente rejeitada, resultou em uma greve oficial dos atores.

Desse modo, a notícia chamou atenção de muitos por conta de uma similaridade com um episódio de Black Mirror da Netflix. O episódio “Joan is Awful” fala exatamente sobre esse assunto.

De acordo com o negociador-chefe e diretor-executivo nacional do Sindicato dos Atores, Duncan Crabtree-Ireland, a proposta permite que os estúdios utilizem a imagem dos atores em qualquer projeto.

“A ideia ‘inovadora’ era propor que nossos atores figurantes pudessem ser digitalizados, pagos por um dia de trabalho. E que o estúdio tivesse direitos sobre essa imagem em qualquer projeto que desejassem, sem consentimento e sem compensação. Se eles acham que isso é inovador, sugiro que repensem”, afirmou Crabtree-Ireland.

Durante as negociações ficou evidente que um dos principais pontos de discordância entre as partes era justamente o uso de inteligência artificial no trabalho dos atores. Esse desacordo em relação à incorporação de tecnologias de IA resultou no impasse nas negociações e, consequentemente, na greve dos atores de Hollywood.

Contudo, essa greve representa um marco na indústria do entretenimento. Desde de 1960 que não há uma greve em que os sindicatos dos atores e roteiristas decidem parar simultaneamente.

A união entre as duas categorias ressalta a importância da proteção dos direitos dos profissionais envolvidos na criação e produção de conteúdo.

Dessa forma, a greve irá trazer impactos para a indústria cinematográfica e televisiva. Visto que a interrupção das atividades de atores e roteiristas pode afetar a produção de novos filmes, séries e programas de TV.

Imagem de Capa: SAG-AFTRA





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