A indicação da cantora Anitta ao Grammy Awards – maior premiação musical do mundo – foi um marco histórico para a música brasileira, pois ela foi a primeira artista do Brasil a ser indicada na categoria “Artista Revelação” em quase 50 anos.
A brasileira foi nomeada após o grande sucesso de “Envolver”, que chegou ao topo do Spotify Global e entrou nos maiores charts ao redor do mundo. Mesmo não levando o troféu de 2023, a Academia reconhece o impacto e o sucesso da cantora.
Sobre isso, o Grammy publicou um artigo reconhecendo a importância e o impacto do sucesso global de Anitta, no qual reflete nos artistas brasileiros, como também em latinos.
Citando algumas cantoras brasileiras em ascensão – no qual destacam que podem chegar ao patamar da poderosa, a Academia afirma que a música brasileira pode dominar o mundo. “Com uma indicação ao Grammy 2023, Anitta marcou um momento especial para o Brasil. Não só foi a primeira vez que um artista brasileiro foi indicado na categoria em quase 50 anos, como foi uma indicação de que o mundo está pronto para mais”, escreveu.
“Com formações, experiências de vida e dons musicais diferentes, essas seis mulheres refletem um momento emocionante para a música brasileira. Mas esta lista é simplesmente uma introdução ao talento deste vasto país – que pode ser o próximo a dominar o mundo”, escreveu a Academia.
“Embora a proeminência da música latina hoje seja inegável, a maioria de suas estrelas – de Bad Bunny, de Porto Rico, a Rosalía , da Espanha – falam espanhol. À medida que Anitta e artistas brasileiros em ascensão começam a se infiltrar na música mainstream, o mesmo acontece com sua língua nativa, o português, e ritmos como baile funk , brega e samba”, destacou.
As seis cantoras brasileiras em ascensão – que segundo o Grammy, irão quebrar barreiras – foram:
A primeira é Marina Sena com o hit “Por Supuesto” e o álbum “De Primeira”. “Tecendo influências que vão do pop e axé ao reggae e samba, “De Primeira” revela uma estrela pop pronta para nascer”.
“Uma das maiores revelações do Brasil, Sena renova os elementos essenciais da música de seu país – diversidade, paixão, poesia – e mostra que está mais do que pronta para dominar o mundo“, afirmou.
Em segundo lugar aparece Duda Beat. A cantora de Recife teve seu seus dois primeiros discos destacados pelo Grammy. “Duda ficou conhecida pela primeira vez como a rainha da “sofrência”. Embora ainda não tenha anunciado um terceiro LP, Duda Beat vem provocando um novo lado de si mesma em entrevistas recentes – um que ela espera que também a transforme na “rainha da felicidade”.
A vencedora de “Melhor Álbum de MPB” no Grammy Latino de 2022, Liniker, aparece na terceira posição. “Com uma voz profunda e retumbante, ela cria peças exuberantes que exploram soul, jazz, samba , bossa nova e muito mais – tudo sublinhado por uma celebração da música negra como um todo”.
Em seguida, citam a carioca Ludmilla. O Grammy destaca os desafios da cantora em promover o empoderamento feminino. “A carioca tem um timbre adocicado e atrevido que ela usa em hinos autoconfiantes como “Cheguei” e “Só Hoje”. Suas letras colocam as mulheres como agentes em vez de objetos, subvertendo um gênero que muitas vezes é dominado pelos homens”.
Indicada na categoria de “Melhor Álbum Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa” no Grammy Latino de 2018, com “Dona de Mim”, IZA teve seus vocais aclamados pelo Grammy, que enxerga seu potencial na dominação global. “A própria diva do R&B brasileiro, IZA passou de gravar covers do YouTube em 2014 para liderar as paradas do país três anos depois”.
“O primeiro grande sucesso de IZA, o single de fusão de reggae de 2017, “Pesadão”, aborda muitos dos temas e experiências que permeiam seu espírito de empoderamento negro. Como mostrou “Pesadão”, a música de IZA é feita de pura resiliência – uma característica tão inabalável quanto seus vocais imponentes”, destacou.
A Academia também destacou como uma cantora de voz emocionante foi Luedji Luna. A estrela de Salvador também teve sua discografia aclamada. “Sua discografia mergulha na MPB, no jazz e no blues para formar uma representação impressionante das alegrias e lutas da vida de uma mulher negra. Através de sua elegância e profundidade, ela gira as rodas do mundo, silenciosamente, por dentro”.
Imagem de Capa: Anitta
