Google tira do ar “Simulador de Escravidão”, jogo que permitia castigar e torturar ‘escravos negros’

Em meio à repercussão sobre racismo, o Google tinha disponível em sua loja de aplicativos até esta quarta-feira, 24 de maio, um jogo chamado ‘Simulador de Escravidão’. No jogo, o usuário simula ser um proprietário de escravo negros que podiam ser castigados ao longo das partidas.

Produzido pela Magnus Games, na dinâmica é possível escolher duas modalidades: tirana ou libertadora. Na tirana, a proposta do jogo é fazer lucro e impedir fugas e rebeliões. Na libertadora, lutar pela liberdade e chegar à abolição.

No entanto, entre as opções da dinâmica do jogo estão agredir e torturar o ‘escravo’. O game, que tinha pouco mais de mil downloads, nas avaliações algumas pessoas reclamavam de ‘poucas possibilidades de agressão’.

O jogo estava disponível desde o início da semana para aparelhos Android e devido os castigos, viralizou nas redes sociais. Após a repercussão, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) disse que vai entrar com uma representação no Ministério Público por crime de racismo.

“Entraremos com representação no Ministério Público por crime de RACISMO e levaremos o caso até as últimas consequências, de preferência a prisão dos responsáveis”, escreveu o deputado no Twitter. “A própria existência de algo tão bizarro à disposição nas plataformas mostra a URGÊNCIA de regulação do ambiente digital”.

De acordo com a produtora, o “jogo foi criado para fins de entretenimento” e que condena a escravidão no mundo real.

O jogo ainda aparece no sistema de aplicativos do Google, mas os usuários não conseguem baixar. Quem já tinha o aplicativo no smartphone, consegue continuar jogando.

Imagem de Capa: Twitter Orlando Silva





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