
Nos Estados Unidos, aprovaram uma nova tecnologia que promete revolucionar o diagnóstico precoce do autismo.
Desenvolvido com participação do neurocientista brasileiro Ami Klin, o exame utiliza rastreamento ocular para identificar sinais de transtorno do espectro autista (TEA) em apenas 15 minutos. Dessa maneira, oferecendo uma alternativa rápida, não invasiva e altamente eficaz.
Como funciona o exame?
O procedimento é voltado para crianças entre 1 ano e 4 meses até 2 anos e meio, e funciona de forma simples: a criança assiste a 14 vídeos curtos em uma tela, enquanto um sistema registra com precisão os movimentos de seus olhos.
Dessa forma, em tempo real, a tecnologia analisa para onde o bebê está olhando — e os dados são enviados diretamente para os profissionais de saúde responsáveis.
Diferença entre crianças neurotípicas e com TEA
De acordo com os especialistas, crianças neurotípicas costumam fixar o olhar nas expressões faciais e emocionais das pessoas nos vídeos. Já crianças com transtornos do espectro autista tendem a se concentrar em detalhes irrelevantes para a interação social, como objetos em movimento ou elementos de fundo — por exemplo, uma porta de carro abrindo.
“Essas crianças estão expostas à mesma situação, mas aprendem coisas completamente diferentes”, explica o Dr. Ami Klin, que lidera o principal centro de tratamento de autismo dos EUA.
Diagnóstico tradicional x nova tecnologia
Nos Estados Unidos, o diagnóstico convencional de autismo pode levar de 2 a 3 anos. Desse modo, comprometendo as chances de intervenção precoce, que é fundamental para o desenvolvimento neurológico e social da criança.
Já o novo exame oferece uma resposta rápida e objetiva, facilitando a tomada de decisão dos pais e médicos em tempo hábil.
A tecnologia chegará ao Brasil?
Por enquanto, o exame está disponível somente nos Estados Unidos, e não há previsão de chegada ao Brasil. A expectativa, no entanto, é que o sucesso da tecnologia acelere futuras aprovações e parcerias internacionais para torná-la acessível em outros países, inclusive na rede pública de saúde.
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