Recentemente pesquisadores alemães realizaram uma descoberta interessante: filhos mais velhos tendem a apresentar uma inteligência mais elevada.
Embora nem sempre ser o primogênito signifique possuir mais sabedoria, há certas vantagens associadas à posição de irmão mais velho.
Quando os pais têm seu primeiro filho, é comum dedicarem mais tempo a ele. Desse modo, essa atenção exclusiva pode influenciar positivamente o desenvolvimento cognitivo do primogênito.
Com apenas um filho para cuidar, os pais têm a oportunidade de investir mais energia e esforço em sua educação. Portanto, essa atenção extra pode refletir em um maior desenvolvimento de habilidades como leitura, escrita e outros aspectos educacionais fundamentais.
No entanto, quando novos irmãos chegam, os pais muitas vezes se veem diante de desafios adicionais. Dessa forma, carreiras exigentes e agendas mais apertadas tornam difícil dedicar a mesma quantidade de tempo e atenção aos filhos mais novos.
Isso não significa que esses filhos recebam menos amor, mas sim que a dinâmica familiar pode mudar com a chegada de novos membros.
Além disso, os pais estão frequentemente aprendendo a lidar com a paternidade durante a chegada do primeiro filho. Nessa fase “experimental”, tendem a ser mais cautelosos e indulgentes. No entanto, conforme ganham confiança em suas habilidades parentais, podem adotar uma abordagem mais relaxada com os filhos subsequentes.
Embora os filhos mais novos possam desfrutar de mais liberdade e menos restrições, não recebem a mesma atenção individual dos pais que os primogênitos.
Estudos realizados
Embora a ordem de nascimento não seja o único fator determinante da inteligência, o estudo revelou que os filhos mais velhos tendem a ter QIs ligeiramente mais altos. Pesquisadores da Universidade de Leipzig analisaram dados de 20.000 pessoas nos Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha.
Os resultados mostraram que os filhos mais velhos tinham, em média, um QI 1,5 pontos mais alto do que os segundos filhos. No entanto, esse pequeno diferencial parece ter um impacto mínimo na inteligência global.
Embora os primogênitos tenham um QI mais alto em cerca de 60% das vezes, a ordem de nascimento não parece influenciar os traços de personalidade.
Essas descobertas foram publicadas pela Academia Nacional de Ciências.
Outros estudos também corroboram a teoria de que o filho mais velho tende a apresentar uma inteligência superior. Uma pesquisa publicada no Journal of Human Resources descobriu que os primogênitos costumam demonstrar um desempenho acadêmico superior.
Isso se deve, em parte, ao fato de que os pais geralmente investem mais na educação de seus primeiros filhos, proporcionando-lhes uma vantagem em testes cognitivos.
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