Em uma época em que o mundo inteiro discute igualdade de gênero, um país se destaca de forma consistente: a Islândia. Ano após ano, o país ocupa o topo dos rankings globais como o melhor lugar do planeta para ser mulher, graças a políticas progressistas, educação inovadora e uma cultura profundamente comprometida com a equidade.
Entre os pilares desse sucesso está um método educacional revolucionário: o Modelo Hjalli, aplicado em escolas islandesas e reconhecido internacionalmente por transformar a forma como meninos e meninas aprendem, convivem e constroem sua identidade.
A Islândia e o compromisso real com a igualdade
A Islândia não apenas anuncia igualdade – ela a pratica. Desde 2009, o país vem liderando o Global Gender Gap Report do Fórum Econômico Mundial, posição conquistada graças a políticas públicas de apoio à mulher, como:
• licença parental equitativa para ambos os pais,
• legislação de igualdade salarial,
• forte participação feminina na política,
• incentivos governamentais para reduzir disparidades profissionais.
Mas o que realmente diferencia a Islândia é o entendimento de que igualdade se aprende desde cedo. E é aí que o Modelo Hjalli entra em cena.
O que é o Modelo Hjalli?
Criado pela educadora islandesa Margrét Pála Ólafsdóttir, o Modelo Hjalli é uma abordagem pedagógica que promove igualdade através da reeducação de normas de gênero. Ele foi desenvolvido para combater estereótipos que, desde a infância, moldam comportamentos, limitações e expectativas de meninos e meninas.
Princípios centrais do Modelo Hjalli:
1. Separação consciente por gênero (em algumas atividades)
Ao contrário do que parece, o objetivo não é dividir, mas equilibrar. Atividades separadas ajudam as crianças a desenvolver competências que culturalmente não lhes seriam estimuladas:
• Meninas são incentivadas à assertividade, liderança e confiança.
• Meninos são estimulados à empatia, calma, cuidado e expressão emocional.
2. Grupos mistos para prática de habilidades sociais
Depois de trabalharem suas competências individuais, os grupos se reúnem. Assim, meninos e meninas lidam um com o outro com mais equilíbrio emocional e respeito.
3. Rotina estruturada e ambiente sem excessos
O modelo cria ambientes minimalistas, com menos estímulos e mais foco em cooperação e autocontrole.
4. Igualdade como prática diária
As escolas Hjalli ensinam, na rotina, valores como:
• respeito mútuo,
• empatia,
• colaboração,
• autonomia,
• responsabilidade social.
Os resultados surpreendentes
O Modelo Hjalli é considerado uma das bases do sucesso islandês em igualdade de gênero. Crianças que crescem nesse sistema se tornam:
• mais confiantes,
• mais empáticas,
• menos presas a estereótipos,
• mais preparadas para viver relações equilibradas.
Essas gerações ajudam a explicar por que a Islândia está tão à frente do restante do mundo.
O futuro da igualdade começa nas escolas
A Islândia prova que igualdade de gênero não é um ideal distante, mas uma construção diária.
Ao unir políticas públicas avançadas a métodos educacionais transformadores como o Modelo Hjalli, o país criou um ambiente em que mulheres não apenas têm direitos — têm poder, voz e oportunidades reais.
Não é por acaso que a Islândia continua sendo, ano após ano, o melhor país do mundo para ser mulher.
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