E se acabar, não se esqueçam: foi amor, um dia

Só o amor que não entendemos nos acompanha. Senão teria uma – e só uma – definição.

É por isso que escrevemos tanto sobre o amor, por não sabermos o que é, por hoje ser uma coisa e amanhã ser outra, aqui e ali, em vários lugares, de várias formas.

O mesmo amor que um dia nos abraça é o mesmo que nos f0de.

Algumas pessoas dirão que não; que o amor, se for verdadeiro, não nos f0de. Pois não: f0de-nos a fé, e as esperanças e as expectativas.

Se acabar, nunca existiu – outros dirão.

O que é o amor, quando o damos como certo? O que é o amor quando não é conquistado todos os dias? Já que falamos disso: O que é realmente o amor?

Prefiro a ignorância. A verdade faz-nos mal à mente. Precisamos de um pouco de ilusão – incerteza – para que o amor ganhe sentido. É por isso que existem as promessas, não pelo que nos garantem, mas pela maneira que nos iludem, para que possamos amar só mais um dia.

Amo-te, com toda a certeza do meu ser, e com todas as incertezas do amanhã.
E se acabar, não se esqueçam: foi amor, um dia.

Por: Gonçalo S. Neves





Relaxa, dá largas à tua imaginação, identifica-te!