Você já ouviu de alguém ou já falou a frase: “comigo vai ser diferente”. Você conhece alguém com um passado um pouco duvidoso e resolve investir com todas as forças na relação. A pessoa do lado de lá também se diz mudada e vem com a promessa de que desta vez vai ser bem diferente.
Conhecer alguém que nos dá um frio na barriga é maravilhoso. A gente passa a acreditar na velha máxima do escritor barato Fabio Hernandez, a esperança triunfar sobre a experiência. Você volta a acreditar no que ouve e se esquece das lições que já aprendeu no passado. Se coloca à disposição para passar pelas mesmas experiências novamente.
Quando alguém te promete uma coisa e faz outra, acredite no que você vê, não no que ouve. As atitudes significam muito mais do que as palavras, falar até papagaio fala.
Mas como seres românticos e apaixonados, damos uma segunda chance.
Quando você se dá conta, lá vem a pessoa prometendo mundos e fundos e não cumprindo. Fazendo tudo igual. De novo. As promessas desaparecendo bem diante de você, num piscar de olhos.
E aquela excitação inicial é transformada em medo, como sempre acontece nestes casos. Você simplesmente percebe que aquela relação estava fadada ao fracasso desde o início e você se lembra que lutou tanto para ficar ali que até perdeu o ar.
Você lembra que prometeu a si mesmo que nunca mais ia passar pelas mesmas experiências, mas esqueceu-se de que aluno que aprende não repete lição. Você lembra que com o amor é a mesma coisa, não dá para passar o tempo todo desconfiado e esquecer a sua verdadeira capacidade de amar e ser amado.
O amor deveria ser um jogo sem perdedores. E só sair perdendo quem joga sujo. Mas nem sempre é da forma como a gente quer.
Na calada da noite você se pergunta: por que fulano(a) não se importou? Claro que não se importou, não eram os sentimentos dele(a). Eram os seus.
Não querendo ser mensageira do apocalipse e já sendo porque alguém precisa te dizer a verdade: com você não vai ser diferente. Essas relações são como Kombis desgovernadas na ladeira, vocês serão apenas guiados pelo destino até o inevitável fim de linha.
Por: Julia Duarte
Imagem de capa: Ali Pazani no Pexels