
No dia 27 de janeiro de 2013, o Brasil testemunhou uma das maiores tragédias de sua história recente: o incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), que resultou na morte de 242 pessoas e deixou centenas de feridos.
Jéssica de Lima Röhl, na época era estudante de 21 anos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e fazia parte da organização da festa universitária “Agromerados”, realizada na boate naquela noite.
O “destino”
Na tarde do dia 26 de janeiro, por volta das 18 horas, Jéssica foi convencida por seu namorado, Adriano Veber Stefanel, de 20 anos, a não comparecer à festa. Adriano, que trabalhava no setor agropecuário em Toledo, no Paraná, expressou um mau pressentimento e pediu que ela ficasse com ele.
Atendendo ao pedido, Jéssica desistiu de ir à boate. Na madrugada seguinte, o incêndio devastador ocorreu, e Jéssica, assistindo pela televisão, viu a tragédia que ceifou a vida de muitos amigos e colegas.
Abalada pelo ocorrido, Jéssica decidiu passar alguns dias no Paraná com Adriano. Entetanto, menos de uma semana depois, em 2 de fevereiro, o casal retornava ao Rio Grande do Sul quando, na rodovia PR-182, em Toledo, o carro em que estavam colidiu frontalmente com uma carreta. Ambos morreram no local do acidente.
Legado e reflexão
A história de Jéssica Röhl e Adriano Stefanel é um lembrete doloroso da imprevisibilidade da vida e da importância de valorizar cada momento. A tragédia da Boate Kiss gerou debates sobre segurança em casas noturnas e levou à criação de leis mais rigorosas para prevenção de incêndios.
Além disso, inspirou obras como o livro “Todo Dia a Mesma Noite”, da jornalista Daniela Arbex, e a minissérie homônima da Netflix, que busca manter viva a memória das vítimas e alertar sobre a necessidade de responsabilidade e segurança em eventos públicos.
Imagem de Capa: Arquivo Pessoal