O advogado de defesa de Débora Custódio, 22, que confessou à polícia ter jogado soda cáustica em uma jovem de 23 anos em Jacarezinho, no Paraná, solicitou que sua cliente seja transferida para uma cela separada, alegando que existe risco a sua integridade física.
Após confessar o crime, Débora foi presa e está detida na cadeia feminina de Santo Antônio da Platina, Paraná. Ela divide a cela com outras detentas, e o advogado Jean Campos explicou isso é um grande risco para ela.
“Ela tem recebido um tratamento diferenciado, desonroso, olhada como invejosa, aquela pessoa que é perigosa. A integridade física da Débora está comprometida”, disse Campos, de acordo com o UOL.
“Hoje, em conversa com ela, ela falou ‘olha, eu estou arrependida, sinto muito, não deveria ter feito isso’. Queremos deixar claro que ela deve ser responsabilizada, mas na medida da sua culpa”.
Além de estar muito arrependida do crime, a defesa acredita que Débora tenha algum distúrbio mental. “Nós percebemos que Débora possui uma disfunção cognitiva, a fala dela é prejudicada quando perguntamos algumas coisas, o raciocínio é um pouco debilitado. Acreditamos que ela possui um distúrbio mental. Segundo a família, ela sempre teve dificuldades de se relacionar, seja com membros da família ou até amigos”, argumentou.
O advogado pontuou também que o crime ocorreu por conta de provocações da própria vítima, a jovem Isabelly Ferreira. “A vítima é responsável diretamente pelos atos da Débora”, declarou.
Ele afirma que sua cliente não deveria ser indiciada por tentativa de homicídio, mas sim por lesão corporal. “Até o momento, tudo leva a crer que o Ministério Público seguirá no mesmo rito da autoridade policial, que é uma tentativa de imputar a Débora um crime de tentativa homicídio”. Ele, no entanto, considera que a acusação é “exagerada”.
Com informações: UOL
Imagem de Capa: Arquivo Pessoal
