Recentemente, na área central de Brasília, um caso de racismo gerou grande repercussão nas redes sociais. Uma professora da rede pública do Distrito Federal foi presa em flagrante após se envolver em uma confusão na porta de um bar, durante a madrugada de domingo.
De acordo com as informações policiais, a ocorrência envolveu agressões físicas e verbais contra um jovem de 25 anos que participava de uma festa no local.
Como começou a confusão
Segundo o relato da vítima, tudo teve início na área externa do bar após um desentendimento entre um dos seguranças do estabelecimento e um amigo da professora.
Durante a confusão, uma garrafa de água foi arremessada e acabou atingindo o jovem, que tentou entender o que estava acontecendo. Nesse momento, a mulher teria se aproximado de forma agressiva.
De acordo com a Polícia Militar, a suspeita apresentava sinais visíveis de embriaguez.
Ofensas racistas e agressão física
Após se aproximar da vítima, a professora teria proferido ofensas de cunho racista e, em seguida, desferido um chute em sua perna.
Mesmo depois da intervenção dos seguranças e da separação das partes, os ânimos continuaram exaltados. Em determinado momento, ela também teria atingido o jovem com um soco no rosto, conforme mostram imagens que circulam nas redes sociais.
A vítima reconheceu a fala como injúria racial e solicitou a contenção da mulher até a chegada da polícia.
Prisão em flagrante e medidas da Justiça
A mulher foi encaminhada à 5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte, onde foi autuada por injúria racial e lesão corporal.
Após audiência de custódia, ela foi liberada, mas ficou sujeita a medidas cautelares impostas pela Justiça, como:
- Comparecer a todos os atos do processo
- Não se ausentar do Distrito Federal por mais de 30 dias sem autorização
- Não mudar de endereço sem comunicar oficialmente
- Manter distância mínima de 500 metros da vítima
O descumprimento dessas regras pode resultar em nova prisão.
Além disso, o homem que estava com ela durante a confusão também foi autuado por injúria e responderá em liberdade.
Posicionamento da Secretaria de Educação
A Secretaria de Educação do DF informou que tomou conhecimento do caso pela imprensa e que a Corregedoria já iniciou procedimentos internos para apuração. Em nota oficial, o órgão afirmou repudiar qualquer forma de racismo e reforçou que não tolera comportamentos discriminatórios em sua rede de ensino.
Defesa se manifesta
A advogada da professora declarou que o ocorrido teria sido consequência de uma briga generalizada, agravada pelo uso de bebida alcoólica.
A defesa nega que sua cliente tenha dirigido ofensas raciais à vítima e afirma que todos os fatos serão esclarecidos durante o processo judicial.
Racismo é crime
Casos como esse reforçam que injúria racial é crime no Brasil e está sujeita a penalidades previstas em lei, mesmo quando ocorre fora de ambientes formais, como em bares, festas ou vias públicas.
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