
De acordo com um novo estudo, realizado pelo Centro Médico da Universidade de Columbia, revelou o poder do cacau na saúde do cérebro.
Segundo os pesquisadores, uma bebida rica em flavonóides do cacau pode reverter a perda de memória causada pelo envelhecimento, devolvendo aos participantes uma capacidade de recordação comparável à de pessoas 30 anos mais jovens.
O estudo, publicado após meses de testes clínicos, investigou o efeito dos flavonóides do cacau — compostos naturais presentes em plantas que têm propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias — no giro denteado, uma região do hipocampo fundamental para a memória e o aprendizado.
Essa área do cérebro costuma perder eficiência com o passar dos anos.
Como o estudo foi conduzido
Os cientistas recrutaram voluntários entre 50 e 69 anos e dividiram o grupo de forma aleatória. Durante três meses, parte dos participantes consumiu uma bebida especialmente formulada com altos níveis de flavonóides de cacau, enquanto o outro grupo recebeu uma versão com baixo teor desses compostos.
Os resultados chamaram a atenção: o grupo que consumiu o cacau rico em flavonóides apresentou melhora significativa na atividade cerebral e no desempenho de memória, recuperando níveis comparáveis aos de adultos até três décadas mais jovens.
Por que o cacau fez diferença
Os pesquisadores explicam que o cacau utilizado na pesquisa passou por um processo de preservação dos flavonóides naturais, que normalmente se perdem durante o processamento do chocolate comum.
Portanto, barras de chocolate tradicionais não oferecem o mesmo benefício, já que contêm pouca quantidade de flavonóides e altos níveis de açúcar e gordura.
Os flavonóides também estão presentes em chás, frutas e vegetais, mas nem todas as fontes entregam o mesmo tipo e concentração necessária para gerar impacto direto na função cerebral.
Uma nova esperança para o envelhecimento cerebral
Este novo estudo trouxe resultados surpreendentes que oferecem esperança para combater o declínio cognitivo natural associado ao envelhecimento. A descoberta reforça a importância da alimentação como ferramenta de prevenção e promoção da saúde cerebral.
Segundo os cientistas, os próximos passos envolvem ampliar os testes clínicos para entender se o consumo prolongado de flavonóides do cacau pode ajudar a prevenir doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.
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