
Você já percebeu que, por mais que mude de ambiente ou ciclo social, sempre acaba se envolvendo com pessoas complicadas? Seja em relacionamentos amorosos, amizades ou até mesmo no trabalho, esse padrão pode se repetir.
De acordo com a psicologia, isso não é apenas coincidência: geralmente está relacionado a aspectos internos que influenciam nossas escolhas e a forma como nos conectamos com os outros.
Por que atraímos pessoas complicadas?
A psicologia explica que nossas relações não acontecem por acaso. Muitas vezes, atraímos pessoas complicadas porque existe algo dentro de nós que ressoa com esses perfis. Alguns fatores comuns incluem:
• Padrões de apego: pessoas que cresceram em lares instáveis ou com vínculos afetivos frágeis podem, inconscientemente, buscar relações semelhantes na vida adulta.
• Necessidade de validação: quando a autoestima é baixa, existe a tendência de se envolver com indivíduos que reforçam a sensação de insegurança.
• Crenças inconscientes: frases como “amor dá trabalho” ou “ninguém é fácil de lidar” podem ser internalizadas e se transformar em verdades que moldam nossas escolhas.
O papel do inconsciente na escolha dos relacionamentos
Sigmund Freud já dizia que grande parte das nossas decisões está ligada ao inconsciente. Na prática, isso significa que podemos nos sentir “atraídos” por pessoas complicadas porque, de alguma forma, elas ativam memórias, emoções ou dinâmicas que já conhecemos.
É como se houvesse um conforto no caos — mesmo que isso traga sofrimento.
Além disso, a teoria da repetição compulsiva sugere que buscamos, sem perceber, reviver experiências dolorosas para tentar “corrigi-las”. Assim, quem teve um pai autoritário pode acabar atraindo parceiros controladores, por exemplo.
O que isso revela sobre você?
Atrair pessoas complicadas não significa que você mereça relacionamentos tóxicos. No entanto, pode revelar que existe um processo interno não resolvido. Isso pode indicar que você tenha dificuldade em estabelecer limites claros; tenha medo de estar sozinho, levando à aceitação de relações desgastantes ou tenha um olhar de “salvador”, acreditando que pode mudar o outro.
Como quebrar esse ciclo?
A boa notícia é que é possível mudar esse padrão. A psicologia sugere alguns caminhos:
1. Autoconhecimento: reconhecer seus próprios padrões emocionais é o primeiro passo.
2. Terapia: o acompanhamento profissional ajuda a identificar crenças inconscientes e desenvolver novos comportamentos.
3. Fortalecimento da autoestima: quanto mais você se valoriza, menos tolera relações prejudiciais.
4. Estabelecimento de limites saudáveis: aprender a dizer “não” é fundamental.
Se você está sempre atraindo pessoas complicadas, não encare isso como um destino inevitável. A psicologia mostra que esses padrões refletem questões internas que podem ser transformadas com autoconhecimento, terapia e fortalecimento emocional.
Quando você aprende a se priorizar e a enxergar o próprio valor, naturalmente começa a atrair relações mais leves, saudáveis e equilibradas.
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