Se você é uma pessoa sensível, prepare seu coração para estes seis filmes. Selecionei os títulos na Netflix, para facilitar seu garimpo cultural. Boa sessão!
Amarga Sinfonia de Auschwitz (Playing for Time – 1980)
Duas mulheres formam um conjunto de cordas no campo de concentração de Auschwitz e, graças à qualidade de sua música, são poupadas das câmaras de gás durante muito tempo pelos nazistas.
My 11th Mother (Yeolhanbeonjjae Eomma – 2007)
Jae-su é um garoto de 11 anos que foi abandonado pela mãe biológica. Desde então, o pai do garoto levou inúmeras mulheres para casa, as quais o garoto teria de chamar de mãe. Quando a nova namorada de seu pai, Kim Hye-Su, aparece em sua vida, o menino tem certeza de que as coisas serão como antes. Inicialmente, ela também não tem interesse em ser uma mãe para o garoto, mas com o passar do tempo e dadas as circunstâncias os dois descobrem que tem mais em comum do que pensavam e uma relação de afeto vai, aos poucos, sendo construída entre eles. O que eles não sabem, no entanto, é o triste destino que a vida lhes reservou.
Sunny (Sseoni – 2011)
Im Na Mi, é uma mulher, que aparentemente tem uma vida perfeita. Casada com um marido bem sucedido e tem uma filha bonita. Mas ainda assim, sente que algo em sua vida está faltando. Um dia, Na Mi, vai ao hospital para visitar sua mãe e acaba se encontrando com Ha Chun Hwa, uma velha amiga do ensino médio. Na Mi, descobre que essa amiga só tem pouco tempo de vida. Então, ela pergunta se há algo que ela poderia fazer por Chun Hwa, primeiramente, Chun Hwa, diz que não, mas depois ela diz que gostaria de reencontrar “Sunny” antes de morrer.
Dois Lados do Amor (The Disappearance of Eleanor Rigby: Them – 2014)
Conor e Eleanor viviam uma relação amorosa feliz e admirável. Um certo dia, sem explicação, as coisas entre os dois começam a dar errado e eles passam a não se reconhecer como antes. Para acompanhar o desejo de ambos em tentar compreender quando e como a relação degringolou, abre-se uma janela para a subjetividade dos relacionamentos amorosos. Um retrato esperançoso sobre o amor, a empatia e a verdade. A história de um casal que procura o caminho para se reconstruir, visto pelo ponto de vista de cada um deles.
Mil Vezes Boa Noite (Tusen Ganger God Natt – 2013)
Rebecca é uma das melhores fotógrafas de guerra do mundo. Ela enfrenta uma grande tempestade emocional quando seu marido se recusa a continuar aceitando a arriscada profissão dela. Ele e as filhas do casal precisam de Rebecca, que, no entanto, ama tanto a família quanto o trabalho.
Amor Por Direito (Freeheld – 2015)
A mecânica de New Jersey Stacie Andree (Ellen Page) e sua namorada, a detetive policial Lauren Hester lutam para conseguir os benefícios da pensão de Hester, após esta contrair uma doença terminal. O romance entre as duas protagonistas é tão bonito, a química entre Julianne Moore e Ellen Page flui de forma tão orgânica nas cenas, que relevei o pouco desenvolvimento dado a cada personagem no roteiro, a estrutura convencional melodramática que combina com o piegas título nacional, com direito até à clássica montagem do casal sorridente caminhando na areia de uma praia, nada disso afetou a experiência emocional, nem arranhou o mérito maior da obra, a opção por deixar o drama pessoal em segundo plano, abordando com maior atenção a importante questão da luta pelos direitos civis dos homossexuais, sem filmar o relacionamento com o usual verniz fetichista, uma atitude que foge da zona de conforto que as cinebiografias costumam abraçar. É uma linda história de amor baseada em um corajoso caso real, apenas isso, sem necessidade de rótulos.
Por: Octavio Caruso