Reflexão

Sozinha, tranquila e de bem com a vida

É aquela velha história, seria bom ter uma parceria em vida, um corpo aqui perto, entrelaçando energias neste inverno, uma alma amiga para construir momentos leves e colorir os dias.

Seria muito bom ter aqui por perto um encontro simples e profundo. Mas parece que o mundo anda complexo e raso. É aquela velha história, está fácil tirar a roupa, mas despir a alma ninguém tem coragem. Está fácil abrir o corpo e a casa, mas pouca gente quer compartilhar as intimidades. Está fácil encontrar embalagens que combinam, mas não profundidades que se mergulham.

“Mas às vezes acho que muita gente gosta do que é forte, racional e comedido.”

É fácil encontrar uma companhia que se encanta com o que em mim é superfície, com a minha casquinha de caramelo. Mas é difícil alguém que entenda que minha casca é delicada demais e se quebra facilmente e dentro existe um grande mistério. E eu aqui comigo mesma, já sei que a minha versão mais bonita e plena surge no ambiente que eu posso ser frágil, sensível e exagerada. Mas às vezes acho que muita gente gosta do que é forte, racional e comedido.

E eu aqui sozinha, já vivo nesse lugar do simples e do profundo. No lugar de uma alma que se permite a amplitude. E gostaria de me compartilhar sim, mas só se for assim, porque eu já não consigo mais evitar dizer o que penso, não deixar transbordar meus sentimentos e engolir meus questionamentos. Eu extravaso.

“(…) muita gente confunde liberdade com libertinagem, curiosidade com fugacidade, contraversão dos costumes com descontrole (…)”

Eu aqui comigo gosto de ser livre no viver, no expressar, e muita gente confunde liberdade com libertinagem, curiosidade com fugacidade, contraversão dos costumes com descontrole, abertura para vida com entrada franca para a minha privacidade.

Aí eu também não quero que entrem! Sozinha sou uma mulher independente, questionadora e também muito delicada. Quero por perto pessoas que entendam que eu gosto de carinho, diálogo, espaço e respeito. E isso também é o que eu gostaria de oferecer, se possível. Acima de tudo eu me amo e me aceito desse jeito e quem chegar perto não pode querer menos do que isso. Porque eu já não me limito, eu me expando.

Talvez neste inverno eu não tenha um cobertor de orelha, mas não importa, porque eu sei que minha alma estará totalmente aquecida de amor próprio.

Por: Clara Baccarin

Sábias Palavras

Relaxa, dá largas à tua imaginação, identifica-te!

Recent Posts

Polícia francesa investiga casamento com criança de 9 anos na Euro Disney; “noivo” é preso

Recentemente, a Disneyland Paris foi palco de um evento polêmico que chocou visitantes e funcionários:…

18 horas ago

Frente fria histórica atinge São Paulo: capital terá manhã mais gelada em quase uma década

Nesta semana, o Brasil enfrentará uma intensa massa de ar polar que promete derrubar drasticamente…

18 horas ago

Geração Z e o “olhar vazio”: Jovens recusam cumprimentos no atendimento e irritam clientes mais velhos

Recentemente, uma nova polêmica, chamada “Gen Z Gaze”, ou “olhar da Geração Z”, virou assunto…

18 horas ago

Galã de Grey’s Anatomy detalha o primeiro sintoma sutil que sentiu antes do diagnóstico de doença incurável

O famoso ator norte-americano Eric Dane, reconhecido por seu papel como Dr. Mark Sloan em…

19 horas ago

Piloto de balão que caiu em Praia Grande revela detalhes chocantes do acidente: “Foi horrível”

No último sábado (21), uma experiência turística em Praia Grande, Santa Catarina, terminou em tragédia…

20 horas ago

Em uma Guerra Mundial, este é o único país do mundo que pode se alimentar sozinho — E não é qual você imagina

Em um mundo cada vez mais dependente de cadeias globais de abastecimento, um novo estudo…

20 horas ago