Não sei te dizer ao certo como isso aconteceu. Talvez tenha sido o cansaço de “ai, meu Deus, de novo eu quebrando a cara?”, “nasci pra ficar sozinha, mesmo” ou qualquer outra lamentação que já fiz entre uma conversa com amigos num barzinho qualquer ou trancafiada no meu quarto. Só sei que, caminhando por entre as ruas de São Paulo, enquanto sentia o vento bagunçar os meus cabelos, de repente me senti como numa cena de um filme onde uma garota finalmente conquista a sua liberdade. E a minha liberdade, naquele momento, não dependia de eu ter me formado na faculdade, estar empregada no trabalho dos meus sonhos e ter minha casa própria. Essa liberdade era mais valiosa. É a liberdade que eu precisava ter dentro de mim.
Enquanto me via cercada por pessoas de passos apressados, ora acompanhadas, ora sozinhas, me permiti aproveitar da melhor companhia que poderia ter naquele momento: a minha.
Meus passos foram diminuindo até achar um lugar que vendesse sorvete sabor napolitano (o meu preferido). Desliguei o celular, sentei num banquinho pra lá de charmoso da sorveteria e continuei a observar as vidas que passavam por fora daquele vidro. Notei um casal de velhinhos sentado num banco de uma praça que havia ali perto e sorri. Sorri, não só por ver a forma que os olhos daquele senhor brilhavam ao ver aquela charmosa moça de cabelos grisalhos; mas sorri também ao ouvir todos os pensamentos que me faziam companhia naquela tarde de domingo.
Parei pra pensar nas paixonites e nos grandes amores que encontrei pelo caminho. Parei pra pensar numa resposta, num porquê de eu nunca ter achado alguém que ficasse. E a resposta veio, tão simples e graciosa quanto o passo de uma bailarina: “você se preocupa muito com a eternidade, menina. E se esquece de perceber que o eterno é o aqui e o agora. Você se preocupa em achar um amor que seja igual ao casal de pessoas idosas que você está observando. Mas se esquece que nada vem pronto. Relacionamento é construção mútua.”
“Relacionamento é construção mútua…”
Parei para refletir sobre essa frase e vi o quanto preciso me reformar, antes de de construir um algo com alguém. O quanto preciso visitar cada quartinho escuro da minha alma, antes de ser luz na vida do outro (e na minha própria vida). Jogar algumas coisas fora e me reinventar, para construir um novo canto, um aconchego cheio de paz e acolhimento.
Levantei-me e recomecei a caminhar. Sem pressa nos passos e nas batidas do próprio coração. Caminhando com a certeza de que o amor só é belo quando sabemos nos entregar a nós mesmos.
E que seja bela a (re)construção.
Por: Stefhanie Mayara
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