O amor, em qualquer relação, é dar e receber. Representa o ponto de equilíbrio e de sanidade emocional entre duas pessoas. Seja qual for o tipo de relacionamento, a estrutura e o sucesso assentam indiscutivelmente em saber amar-nos a nós próprios.
Na sequência desta ideia gostaria de partilhar um caso de amor que se revelou em desamor. No decorrer da minha jornada, há já algumas primaveras, recebi no meu gabinete uma mulher jovem e bem resolvida na vida. No entanto, apesar daquilo que ela queria fazer parecer, revelava um nervosismo e uma certa ansiedade no início da consulta.
Começou por mostrar segurança em si mesma e no seu percurso profissional, onde mostrava claramente sucesso e determinação.
De seguida, já com uma ligeira transformação no seu tom de voz, confessava que o que a levava ao meu encontro era um problema emocional. Esse problema prendia-se a uma relação maravilhosa que durara mais de 2 anos, preenchida com momentos intensos e felizes: a cumplicidade era elevada e os planos eram de um futuro longínquo onde ambos se viam a partilhar vidas. Mas, repentinamente, tudo desaparecera com o vento, sem deixar rasto.
A cliente mostrava agora uma faceta completamente diferente daquela que havia trazido quando entrara. A mulher determinada e com sucesso de outrora revelava agora insegurança e uma incompreensão total do que lhe acontecera na sua relação amorosa. Não compreendia tal desfecho. O que acontecera ao amor?! Como desaparecera como o fumo?
Quando começamos uma relação, iniciamo-la porque o outro traz-nos algo de diferente, algo que nos acrescenta àquilo que já somos. No fundo, apaixonamo-nos pelas qualidades dessa pessoa.
No caso desta cliente, depois de alguma análise e terapia, encontrámos a resposta às suas perguntas. O amor tinha desaparecido porque durante os 5 anos da relação ela moldou-se demasiado ao companheiro. De modo a agradá-lo e não perder o seu amor, ela mudou tudo sobre si, ao ponto de gostar do que não gostava, de fazer o que não desejava fazer.
Tornou-se o espelho do seu companheiro, não sendo já nada mais que o seu reflexo.
Desta forma, deixou de ser quem ela realmente era, deixou de ser a pessoa por quem ele se tinha apaixonado. Um belo dia, ele abriu os olhos e não viu a jovem por quem se apaixonara: viu -se a ele próprio. E então, repentinamente, tudo acabou.
Após algumas sessões de terapia, a jovem conseguiu recuperar quem realmente era, e sobretudo perceber que tem de viver com ela própria antes de viver numa relação. E, como seria de esperar, o amor acendeu novamente a sua chama.
Amar o outro é acrescentar e ser acrescentado. Não se moldem à imagem do vosso parceiro para lhe agradar. Sejam vocês mesmos, e lembrem-se: foi por vocês que eles se apaixonaram e não pela pessoa que vocês acham que eles gostariam que fossem.
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