A notícia de que um homem tetraplégico recuperou parte da mobilidade após receber um tratamento experimental desenvolvido no Brasil tem gerado repercussão mundial.
O paciente, identificado na imprensa como Bruno Drummond de Freitas, sofreu uma lesão cervical após um acidente de carro em 2018 e foi incluído em um estudo que aplica polilaminina — uma proteína derivada da placenta humana criada em laboratório que estimula a regeneração de conexões neurais na medula espinhal.
Polilaminina é uma forma sintética/produzida em laboratório de uma molécula que existe naturalmente no desenvolvimento do sistema nervoso.
Segundo os pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a substância é aplicada diretamente na região lesionada da medula e atua como um microambiente permissivo para a reconexão de axônios e a formação de sinapses, favorecendo a recuperação funcional quando combinada com reabilitação fisioterápica intensiva.
Estudos pré-clínicos e os primeiros testes em humanos demonstraram melhora motora em alguns voluntários.
De acordo com reportagens e comunicados institucionais, duas semanas após a aplicação experimental da polilaminina o paciente apresentou o primeiro sinal de recuperação — o movimento de um dedo do pé — e, com sessões subsequentes de fisioterapia, evoluiu até caminhar novamente.
O relato é descrito como um avanço significativo, mas ainda baseado em um número reduzido de participantes e exige validação em estudos maiores e controlados.
A pesquisa tem apoio de órgãos de fomento e da própria UFRJ, que divulgou detalhes do desenvolvimento e das fases iniciais de testes.
Embora os resultados sejam promissores, especialistas lembram que qualquer novo medicamento precisa passar por etapas formais de ensaios clínicos, monitoramento de segurança e autorização regulatória — no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deverá avaliar os protocolos para fases posteriores.
Os pesquisadores afirmam aguardar autorizações para ampliar o número de participantes e confirmar eficácia e segurança em amostras maiores.
Se confirmado em ensaios clínicos randomizados e revisados por pares, o uso de polilaminina pode representar uma mudança de paradigma no tratamento de lesões medulares, um campo historicamente marcado por limitações terapêuticas.
Além do impacto clínico, o desenvolvimento de um fármaco nacional com potencial global reforça a importância de investimentos em pesquisa biomédica no Brasil.
Os relatos iniciais são encorajadores, mas é fundamental que a comunidade científica acompanhe os resultados publicados em periódicos revisados por pares e as decisões regulatórias oficiais.
Enquanto isso, pacientes e familiares encontram esperança, e a ciência brasileira ganha visibilidade por avanços que, se confirmados, poderão transformar o tratamento da tetraplegia.
Imagem de Capa: Reprodução/Bruno Freitas
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