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Eu nunca escolhi deixar de te amar

Recebi por e-mail uma oferta bem barata para um cruzeiro de lua de mel e, imediatamente, me veio você à cabeça. Mas não uma lembrança dessas, qualquer. Foi tão forte que nem pude conter as lágrimas. Já não era mais saudade. Era um pedaço de querer que ficou guardado e para se desprender do peito doeu. Sangrou. Tanto que me fez chorar.

Desculpa. Eu nunca escolhi deixar de te amar. Eu jamais faria isso se pudesse, para falar a verdade. Se fosse só vontade, a gente embarcaria no porto mais próximo só com as roupas do corpo. Se, só por acaso, faltasse agasalhos, eu queria vestir teu cheiro. Teu gosto. Teus braços. Mas já é tarde demais. Faz até calor.

“E, como se não bastasse, até as tempestades a bordo são mais violentas do que a segurança da beira da praia.”

O problema dos cruzeiros, dos barcos, dos navios, é que chega uma hora que o balanço do mar enjoa. Dá tédio. Monotonia. E, como se não bastasse, até as tempestades a bordo são mais violentas do que a segurança da beira da praia. Lendo você como uma dessas embarcações, foi por isso que eu preferir pular fora. Saltei da nossa relação sem sequer vestir um colete salva-vidas. Sei que foi loucura. Mas é que chega uma hora na vida, que você se vê incapaz de amar outra pessoa.

Vivemos um relacionamento desgastado. E o motivo pelo qual arrisquei a minha própria felicidade te dizendo adeus foi esse – preciso de alguém que me tire o fôlego. Que me beije para impedir que eu me afogue na minha própria existência. Que salve a minha vida mesmo quando eu estiver na segurança dos seus braços.

Entre nós, tudo já havia passado da meia-noite. Já não víamos a vida com a mesma cor. Com a mesma graça. O mesmo e-mail da oferta para a lua de mel se transformaria numa imensa discussão de que, mesmo que não fosse a minha vontade pensar sequer na data de um impossível casamento, para você era perigoso demais falar até em viajar para comemorar o nosso aniversário de namoro. Uma alergia a compromissos. A dividir a vida. A deixar uma escova de dentes na minha casa ou me ceder uma gaveta do teu guarda-roupas.

Desculpa.

Pensando bem, eu escolhi sim deixar de te amar. Optei por isso quando você não me deixou outra escolha. Você me impediu de te querer bem. Você me privou da maravilha de te beijar e salvar a nossa história, tal qual um salva-vidas luta contra o tempo, com todas as forças, para salvar um banhista que se afogou no mar do amor.

Só para você saber, me rendi à tentação. Viajo agora no fim do mês. Resolvi não ficar esperando o amor bater em minha porta para que eu, simplesmente, possa conhecer o mundo. Vou sozinho, mesmo. Vou ser a minha melhor companhia como eu sempre fui desde que me entendo por gente. Talvez a monotonia do mar seja pior com a solidão, mas, diante de tudo que eu passei, a única certeza é – prefiro descobrir os sentimentos vivendo. Au revoir!

Por: Me Apaixonei

Sábias Palavras

Relaxa, dá largas à tua imaginação, identifica-te!

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