Um estudo, pulicado no Journal of Forensic Sciences, conduzido pelos psiquiatras Samuel Leistedt e seu colega Paul Linkowski analisou mais de 400 filmes lançados entre 1915 e 2010 procurando por retratos realistas de psicopatas.
Leistedt, psiquiatra forense que entrevistou e diagnosticou psicopatas de verdade, os descreve como pessoas que não sentem empatia pelos outros. “Eles são de sangue frio”, disse ele. “Eles não sabem o que é uma emoção.”
Para a pesquisa, primeiro foram eliminados personagens claramente irrealistas, como aqueles com poderes mágicos ou que eram invencíveis ou não humanos (como fantasmas). Isso reduziu a amostra para 126 filmes, mostrando 105 psicopatas em potencial do sexo masculino e 21 do sexo feminino.
Isso foi feito para desenvolver ferramentas para ensinar estudantes de psiquiatria e acabaram traçando uma história social de como os psicopatas foram vistos e compreendidos desde o início do século XX.
Psiquiatras e neurocientistas identificaram características comportamentais de psicopatas e partes do cérebro que parecem funcionar de forma diferente do que nas outras pessoas.
As imagens de psicopatas de Hollywood mudaram ao longo do tempo conforme essa compreensão foi mudando e no geral, as representações foram ficando mais realistas, relatam Leistedt e Linkowski.
Em vez de terem uma risada maníaca com tiques faciais, alguns personagens de hoje têm mais profundidade, dando um “vislumbre convincente da complexa psique humana”, eles escrevem.
Desta forma, o estudo apontou Anton Chigurh, interpretado por Javier Bardem em “Onde os Fracos Não Têm Vez” (2007), como a representação assustadoramente mais realista de um psicopata no cinema. O personagem é descrito como “invulnerável e resistente a qualquer forma de emoção ou humanidade”.
O filme, dirigido pelos irmãos Coen, rendeu a Bardem o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante em 2008. A atuação de Bardem como Chigurh é frequentemente destacada por sua implacabilidade e ausência de emoções, características associadas à psicopatia.
“Ele faz seu trabalho e consegue dormir sem problemas. Na minha prática, conheci algumas pessoas assim”, diz Leistedt. Em particular, Chigurh o lembra de dois assassinos profissionais da vida real que ele entrevistou. “Eles eram assim: frios, inteligentes, sem culpa, sem ansiedade, sem depressão.”
O estudo também observou que muitos personagens populares do cinema, como Hannibal Lecter e Patrick Bateman, são mais caricaturados e menos realistas em sua representação de psicopatas.
Imagem de Capa: Reprodução
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