Em tempos onde se fala cada vez mais sobre saúde mental, é fundamental entender que nem todo comportamento “tóxico” é maldade pura ou falta de consideração. Em muitos casos, pode ser a ansiedade dando as caras.
Pessoas ansiosas estão sempre a lutar contra os pensamentos acelerados, medo do julgamento e uma sensação constante de sobrecarga. E, mesmo com boas intenções, acabam agindo de maneira que os outros consideram fria, instável ou até egoísta.
Dessa maneira, iremos revelar sete atitudes comuns de pessoas ansiosas e que elas nem percebem. Se você convive com alguém assim — ou se você mesmo se identificou — vale a pena refletir sobre cada uma delas.
“Vamos marcar” vira “desculpa, não vou conseguir hoje”. Esse é um clássico de quem sofre com ansiedade. Embora pareça irresponsabilidade ou falta de vontade, a verdade é que, para uma pessoa ansiosa, o compromisso pode se tornar sufocante perto da hora.
O medo de não dar conta, a exaustão mental ou a sobrecarga social podem levar ao cancelamento de algo que ela mesma queria muito fazer. Contudo, isso não significa que a pessoa não goste de você — ela só está tentando sobreviver emocionalmente ao próprio caos interno.
A pessoa visualizou a mensagem, mas não respondeu. Ou pior: deixou no vácuo por dias. Para quem está do outro lado, parece descaso. Mas, para quem sofre de ansiedade, pode ser justamente o contrário.
Responder exige foco, energia e, às vezes, enfrentar o medo irracional de dizer algo errado ou decepcionar alguém. Muitas vezes, a pessoa escreve e apaga a resposta várias vezes. Outras, trava totalmente. E aí, prefere fugir do que lidar com o desconforto da conversa.
Você está conversando normalmente com alguém, e de repente ela muda o tom, fica em silêncio ou com expressão séria. Parece que ficou chateada — mas quando você pergunta, ela diz que está tudo bem.
Esse comportamento é comum em pessoas ansiosas, que passam por picos de preocupação intensos, mesmo no meio de momentos agradáveis. Elas se perdem nos próprios pensamentos, se cobram, se criticam… e o semblante muda.
Não é raiva de você. É luta interna.
É comum que ansiosos se isolem nos momentos mais difíceis. Eles somem, evitam ligações, não querem contato — exatamente quando você acha que eles deveriam pedir ajuda.
Isso acontece porque a ansiedade muitas vezes vem acompanhada de pensamentos como: “Não quero incomodar ninguém”, “vão me achar um peso” ou “ninguém vai entender”. Então, mesmo precisando de acolhimento, a pessoa foge.
A ansiedade costuma vir acompanhada de perfeccionismo. E isso pode fazer com que a pessoa ansiosa cobre demais não só a si mesma, mas também quem está ao redor. Ela exige atenção aos detalhes, quer controle de tudo e se irrita facilmente quando algo sai do planejado.
Essa rigidez não vem de arrogância, mas do medo constante de algo dar errado e sair do controle. É um mecanismo de defesa — mesmo que pareça apenas intolerância.
Hoje quer uma coisa, amanhã quer o oposto. Pessoas ansiosas muitas vezes mudam de ideia com frequência, desistem no meio do caminho ou se arrependem de decisões rápidas.
Isso acontece porque vivem num conflito mental constante: questionam tudo, pensam demais nos prós e contras e se angustiam com qualquer incerteza. Para quem está perto, parece indecisão ou imaturidade. Para quem sente, é exaustivo.
Um comentário simples pode virar motivo de choro. Uma crítica construtiva vira um gatilho de insegurança. Para quem tem ansiedade, pequenas situações ganham proporções gigantescas na mente.
O que parece drama ou exagero, na verdade, é uma resposta emocional desregulada, causada pela tensão interna constante. A pessoa ansiosa não está “fazendo tempestade em copo d’água” de propósito — ela está tentando manter a cabeça fora da água o tempo todo.
É claro que ninguém deve aceitar comportamentos prejudiciais indefinidamente — todos precisamos de responsabilidade emocional. Porém, é fundamental reconhecer quando algo não é maldade, e sim um sinal de sofrimento psicológico.
Por isso, se você convive com alguém ansioso, pratique a empatia ou se você é essa pessoa, vale procurar apoio, desenvolver autoconhecimento e aprender a comunicar suas dificuldades com mais clareza.
Ansiedade não justifica tudo — mas explica muita coisa. E entender isso já é um passo para relações mais saudáveis.
Imagem de Capa: Canva
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