Você já se pegou guardando sacolas de lojas, embalagens de presente usadas ou outros objetos que dificilmente voltaria a usar, mas pensou: “um dia pode pode precisar”?
Ou conhece alguém que tem dificuldade em se desfazer de coisas simples? Esse comportamento, que muitas vezes é chamado de “mania”, pode estar ligado a algo mais profundo do que imaginamos.
Na psicologia, o ato de acumular pode ser entendido como uma tentativa inconsciente de manter uma sensação de segurança. Pessoas que passaram por privações, perdas significativas ou situações de insegurança podem desenvolver o hábito de guardar excessivamente como uma forma de evitar, no futuro, a sensação de falta.
Guardar objetos, nesse contexto, não é apenas sobre as coisas em si, mas sobre preservar uma experiência simbólica de proteção. Aquela sacola ou embalagem usada guardada pode representar, de forma inconsciente, a garantia de que nada faltará.
É importante diferenciar o hábito comum de economizar ou reaproveitar objetos do acúmulo excessivo que causa sofrimento. Quando a pessoa passa a viver em ambientes cheios de itens desnecessários, às vezes até gerando prejuízo na qualidade de vida, podemos estar diante do que a psicologia chama de transtorno de acumulação.
Esse transtorno, reconhecido pela psiquiatria, não está apenas ligado ao apego a objetos, mas a medos e memórias emocionais profundas. Em muitos casos, ele é acompanhado por ansiedade, depressão ou histórias de traumas relacionados à perda ou à falta de recursos.
A boa notícia é que esse comportamento pode ser ressignificado. A terapia oferece um espaço seguro para compreender de onde vem esse medo de perder e como transformá-lo em formas mais saudáveis de autocuidado.
Técnicas da terapia cognitivo-comportamental, por exemplo, ajudam a identificar os pensamentos automáticos ligados ao acúmulo e a desenvolver novas estratégias para lidar com a ansiedade.
Além disso, o processo terapêutico permite que a pessoa construa uma nova relação com os objetos e com suas próprias memórias. Guardar de forma excessiva deixa de ser necessário quando se aprende que a segurança pode estar em si mesmo e nas relações presentes — não apenas nas coisas.
Portanto, quando pensamos na “mania de guardar”, é importante refletir: será que não estamos falando, na verdade, de guardar sentimentos, medos e traumas? Reconhecer esse padrão é o primeiro passo para transformá-lo. Com ajuda profissional, é possível trocar o excesso pelo equilíbrio, e a ansiedade pelo autocuidado.
Se você ou alguém próximo percebe que o acúmulo está afetando a vida diária, buscar apoio psicológico pode ser um caminho transformador. Afinal, não se trata apenas de objetos guardados, mas de histórias e emoções que merecem ser cuidadas.
Imagem de Capa: Canva
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