Você já percebeu que, às vezes, mesmo diante de uma pergunta simples, sua resposta sai de forma automática carregada de justificativas e com um tom rude e defensivo? Você nem percebe, mas responde no modo defesa como se todo comentário fosse uma crítica e todo olhar fosse uma cobrança.
Muitas pessoas acreditam que isso é apenas “o jeito delas”, mas a psicologia mostra que, na maioria das vezes, esse comportamento está ligado a mecanismos de defesa emocionais construídos ao longo da vida.
Na psicologia, esse termo se refere à reação automática em que interpretamos perguntas ou comentários neutros como críticas ou ameaças.
Segundo estudos de Freud sobre mecanismos de defesa e pesquisas mais recentes na área da psicologia cognitivo-comportamental, essa resposta costuma ser ativada quando o cérebro identifica — mesmo que de forma equivocada — um risco emocional.
Quando vivemos experiências negativas no passado, especialmente críticas constantes, rejeição ou relacionamentos abusivos, o cérebro aprende a se proteger.
• Amígdala cerebral: responsável por detectar ameaças, ela dispara uma reação defensiva antes mesmo de avaliarmos racionalmente a situação.
• Memória emocional: experiências passadas ficam registradas e influenciam a forma como interpretamos novos eventos.
Pesquisas da American Psychological Association apontam que a tendência de responder defensivamente é mais forte em pessoas que sofreram traumas emocionais não tratados.
Desta forma, não é a outra pessoa te atacando, é você tentando se proteger das coisas que já te machucaram no passado. O jeito que a gente pensa e reage não vem do que a gente verdadeiramente é, mas sim de uma defesa do reflexo daquilo que a gente já viveu antes, provavelmente em um trauma.
No entanto, o modo defesa cria barreiras na comunicação, gerando mal-entendidos e afastamento. Amigos, familiares e parceiros podem sentir que estão sempre “andando em ovos” para não provocar reações negativas. Com o tempo, isso desgasta vínculos e reduz a intimidade emocional.
1. Reconheça o padrão: O primeiro passo é perceber quando você está respondendo defensivamente. Pergunte a si mesmo: “Estou reagindo ao que foi dito ou ao que eu senti?”
2. Respire antes de responder: Técnicas de respiração ajudam a ativar o córtex pré-frontal, responsável pelo raciocínio lógico, reduzindo respostas automáticas.
3. Trabalhe os gatilhos emocionais: A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é eficaz para identificar e reprogramar interpretações distorcidas.
4. Pratique a escuta ativa: Concentre-se no que a pessoa realmente está dizendo, sem formular respostas enquanto ouve.
Responder no modo defesa não significa que você é uma pessoa difícil ou negativa. Na verdade, é um reflexo de experiências que um dia serviram para protegê-lo. Mas entender e trabalhar esse padrão pode transformar não apenas a forma como você se comunica, mas também a qualidade das suas relações.
Imagem de Capa: Reprodução
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