Estudos recentes trouxeram à tona uma possível explicação científica para a diferença de expectativa de vida entre homens e mulheres. De acordo com os pesquisadores, a perda do cromossomo Y — presente apenas nos homens — pode estar diretamente relacionada a doenças cardíacas graves, envelhecimento acelerado e morte precoce.
Cada célula humana possui 23 pares de cromossomos. Enquanto as mulheres têm dois cromossomos X, os homens possuem um cromossomo X e um Y.
No entanto, à medida que os homens envelhecem, é comum que algumas de suas células percam o cromossomo Y — principalmente nas células sanguíneas, que se renovam constantemente.
Segundo Kenneth Walsh, pesquisador da Universidade de Virgínia, cerca de 20% dos homens aos 60 anos e 40% aos 70 anos já apresentam essa perda. Fatores como o envelhecimento, o tabagismo e predisposições genéticas aumentam o risco desse fenômeno.
O estudo revela que a ausência do cromossomo Y em certas células pode causar uma série de problemas de saúde, com destaque para a fibrose cardíaca — uma cicatrização anormal no músculo do coração que pode levar à insuficiência cardíaca.
Utilizando a tecnologia CRISPR, os cientistas removeram o cromossomo Y das células da medula óssea de camundongos e o resultando foi preocupante.
A partir disso, os animais começaram a desenvolver doenças relacionadas à idade mais rapidamente, apresentaram mais inflamações, cicatrizes nos tecidos e morreram mais jovens do que o normal.
Além disso, análises com dados do Biobank do Reino Unido mostraram que homens que perdem o cromossomo Y têm maior propensão a doenças cardiovasculares e falência cardíaca.
Nos Estados Unidos, as mulheres vivem, em média, cinco anos a mais que os homens. A pesquisa sugere que a perda do cromossomo Y pode explicar até quatro desses cinco anos de diferença.
“Particularmente após os 60 anos, os homens morrem mais rapidamente do que as mulheres. É como se biologicamente eles envelhecessem mais rápido”, afirmou Kenneth Walsh.
Embora o cenário pareça preocupante, os pesquisadores encontraram uma possível solução. Ao administrar um anticorpo que inibe a ação de certos glóbulos brancos em camundongos, foi possível reverter os danos cardíacos.
Um medicamento chamado pirfenidona, já aprovado pela FDA para tratar fibrose pulmonar idiopática, pode ser promissor também para casos de fibrose cardíaca e doenças renais causadas pela perda do cromossomo Y.
No entanto, mais estudos são necessários para confirmar sua eficácia nesses contextos.
Uma das maiores dificuldades hoje é identificar quais homens já perderam o cromossomo Y. Para isso, Lars A. Forsberg, colaborador de Walsh, criou um teste PCR acessível para detectar essa condição. Contudo, ainda esta em fase de testes laboratoriais.
Entretanto, a expectativa é que esse exame possa se tornar uma ferramenta diagnóstica de rotina no futuro.
Imagem de Capa: Canva
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