Nesta última semana, o Papa Francisco virou alvo de críticas após comentários considerados pejorativos em uma reunião fechada com bispos italianos.
De acordo com a imprensa italiana e argentina, o líder da Igreja Católica utilizou um termo ofensivo à comunidade LGBT ao pedir que os bispos não aceitem padres abertamente gays.
O incidente ocorreu em 20 de maio, durante uma reunião a portas fechadas com a Conferência Episcopal Italiana. O Papa Francisco usou a palavra “frociaggine”, que em italiano vulgar traduz-se aproximadamente como “viadagem” ou “bichice”, segundo as informações.
Desse modo, gerou surpresa e desconforto entre os mais de 200 presentes.
A notícia foi inicialmente divulgada pelo site de fofocas políticas Dagospia e ganhou destaque na mídia internacional. Contudo, fontes anônimas citadas pelos jornais italianos sugeriram que o Papa, sendo argentino, pode não ter percebido o quão ofensivo o termo é em italiano.
O Vaticano divulgou um comunicado nesta terça-feira (28) dizendo que o pontífice, de 87 anos, não teve intenção de usar “linguagem homofóbica” e pede desculpas àqueles que tenham se sentido ofendidos.
Este episódio contrasta com a imagem de acolhimento e abertura que o Papa Francisco tem buscado promover em relação à comunidade LGBT.
Em dezembro de 2023, ele autorizou a bênção a casais do mesmo sexo, uma decisão que enfrentou resistência de setores mais conservadores da Igreja. Em janeiro do mesmo ano, o Papa afirmou que “a homossexualidade não é crime”.
Desde 2013, o Papa Francisco faz declarações que indicavam uma tentativa de aproximar a comunidade LGBT da Igreja Católica. “Se uma pessoa é gay e busca Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgar?”, disse ele.
No entanto, ele também tem mantido uma postura crítica em relação a seminaristas gays. Em 2018, Francisco aconselhou bispos italianos a examinar cuidadosamente os candidatos ao sacerdócio e rejeitar aqueles suspeitos de serem homossexuais, embora sem usar termos pejorativos na ocasião.
O Vaticano, sob a liderança de Francisco, tem se posicionado contra várias questões relacionadas à comunidade LGBT. Em março de 2024, o Papa criticou os estudos de gênero, chamando-os de “ideologia horrível” que ameaça a humanidade.
Em abril, a Santa Sé classificou a mudança de gênero e o aborto como “ameaças graves à humanidade”.
Já em 2021, o Papa se opôs a um projeto de lei italiano destinado a combater a homofobia.
Este posicionamento reflete diretrizes estabelecidas em um documento de 2005, lançado sob o papado de Bento XVI, que orienta a Igreja a barrar do sacerdócio homossexuais praticantes e aqueles com tendências homossexuais profundamente enraizadas.
Imagem de Capa: Pope Francis
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