A morte da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, durante uma trilha no vulcão Monte Rinjani, na Indonésia, causou comoção e indignação. A jovem permaneceu quatro dias desaparecida e a equipe de resgate encontrou o seu corpo em uma encosta de difícil acesso.
No entanto, o que realmente contribuiu para esse desfecho trágico?
Juliana sofreu uma queda de aproximadamente 300 metros em uma área de terreno íngreme e instável. Testemunhas relataram que ela escorregou por uma ribanceira durante a madrugada, em um dos pontos mais perigosos da trilha que leva ao cume do Rinjani.
A localização onde ela caiu, conhecida como Cemara Nunggal, fica entre 2.600 e 3.000 metros de altitude, onde as condições climáticas são extremas e o acesso é quase impossível sem equipamentos específicos de escalada.
Mesmo após a queda, a informação sobre o acidente só chegou às autoridades cerca de oito horas depois, segundo a Agência Nacional de Resgate da Indonésia (Basarnas). Isso aconteceu porque os trilheiros que presenciaram a cena precisaram descer até um ponto com sinal de celular para pedir socorro.
Esse atraso inicial foi crucial: o tempo perdido pode ter sido determinante para a deterioração do estado de saúde de Juliana.
Durante o dia, a região do Rinjani pode apresentar clima ameno, mas à noite as temperaturas caem drasticamente e o vento forte aumenta o risco de hipotermia, principalmente para quem está sem proteção adequada.
De acordo com os familiares, Juliana estava sem agasalhos, comida ou água no momento da queda. Dessa maneira, ela passou por várias noites expostas ao frio, o que contribuiu para agravar ainda mais sua condição física e psicológica.
O uso de helicópteros e drones foi considerado desde o início das buscas, porém, a neblina densa, o solo instável e a pouca visibilidade impediram o sobrevoo em áreas-chave. Com isso, o resgate ficou totalmente dependente de equipes terrestres, que enfrentaram grandes desafios para descer até o ponto onde Juliana estava.
De acordo com as autoridades locais, houve tentativas de avanço com o uso de cordas e até de furadeiras para abrir caminho na rocha, mas o progresso foi lento devido ao risco de deslizamentos.
Outro ponto levantado pela família e por especialistas é a falta de estrutura de emergência no parque nacional que abriga o Monte Rinjani. Mesmo sendo uma trilha conhecida e procurada por turistas de todo o mundo, não há presença constante de socorristas, postos de saúde ou sistemas de alerta rápido.
Desse modo, levanta questionamentos sobre a segurança oferecida aos visitantes em destinos de ecoturismo em regiões com alta complexidade geográfica.
Relatos iniciais afirmavam que Juliana havia sido deixada para trás pelo guia do grupo após demonstrar cansaço. O profissional, identificado como Ali Musthofa, negou a acusação e afirmou que ela havia sido orientada a descansar, e que ele voltaria para buscá-la em breve.
Ele ainda relatou ter percebido a queda após ver a luz da lanterna de Juliana em um barranco e ouvir seus pedidos de ajuda. Porém, a demora na resposta de emergência gerou revolta por parte da família, que cobrou mais agilidade e responsabilidade dos envolvidos na excursão.
O caso de Juliana Marins não é isolado. O Monte Rinjani já registrou vários acidentes fatais nos últimos anos, envolvendo turistas mal preparados ou mal orientados. Portanto, é fundamental que operadores turísticos, guias e visitantes entendam os riscos envolvidos nesse tipo de atividade.
Juliana era uma jovem aventureira, apaixonada por viagens e pela natureza. Sua história agora serve como um alerta para a importância de segurança, preparo e agilidade nos resgates em trilhas perigosas.
Imagem de Capa: Juliana Marins/Reprodução
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