Categories: Reflexão

Não, não somos obrigadas a aguentar tudo, a paciência tem limites

Ser gentil, amigável e prestativo é uma coisa ótima. Se mais pessoas dispusessem de um pouco do seu tempo e energia para ajudar os outros, provavelmente o mundo seria um lugar bem menos hostil e viver seria muito mais leve.

Por outro lado, não devemos confundir gentileza com passividade. Não devemos permitir que abusem da nossa boa vontade e passem por cima de nós porque somos bonzinhos e vamos aceitar e perdoar tudo.

Acredito firmemente no perdão.

Porém, acredito também que só deve ser perdoado quem pede perdão, quem deseja realmente ser perdoado, quem demonstra arrependimento e vontade de dar um novo rumo.

Não, não somos obrigados a aguentar tudo. Paciência tem limites. Ninguém deve ser obrigado a conviver e a ser gentil e a distribuir beijinhos e sorrisinhos para quem nos provocou sofrimento, para quem nos magoou gratuitamente.

Na maioria das vezes, como afirma o ditado popular, quem bate, esquece. Mas quem apanha não. Quando ofendemos ou prejudicamos de forma mais objetiva uma pessoa, causando danos à sua vida, devemos sim tentar consertar o que fizemos de errado ou pelo menos tentar amenizar de alguma forma o estrago que provocamos.

Sim, nem sempre é possível corrigir os nossos erros. Nem sempre é possível alguém aproximar-se novamente de quem prejudicou para demonstrar o seu arrependimento. Em alguns casos, manter-se longe é o melhor a se fazer. Mas muitas vezes é possível voltar atrás e corrigir o erro e mesmo assim a pessoa se recusa a fazê-lo

A vida é feita para ser vivida, não suportada.

Quando nos sentimos obrigados a perdoar tudo, ignorando os nossos sentimentos, ignorando as feridas ainda abertas, impomos a nós mesmos uma espécie de tortura psicológica. E não devemos impor sofrimento a ninguém, incluindo a nós mesmos, para agradar a outras pessoas.

Não, não somos obrigados a conviver com gente que nos põe para baixo com um sorriso falso nos lábios e palavras pseudo educadas. Não somos obrigados a conviver com gente que rouba o nosso ar, que baixa a nossa energia, que nos provoca qualquer tipo de constrangimento. Não somos obrigados a agradar a quem não se esforça minimamente para nos alegrar. Não somos obrigados a nos sacrificar por quem não dá a mínima para os nossos sentimentos. Não somos obrigados a compreender e a demonstrar simpatia por quem nos atropelou sem qualquer dó.

Somos nós que conhecemos os nossos limites e sabemos até onde podemos caminhar sem forçar demasiado a nossa bondade. Somos nós que podemos medir o peso de uma ofensa e a extensão de um estrago sofrido na nossa vida.

Por: Prof. Marcel Camargo

Sábias Palavras

Relaxa, dá largas à tua imaginação, identifica-te!

Recent Posts

Gêmeos “recordes” nascem de embriões congelados há 30 anos – a mãe deles é apenas 3 anos mais velha do que isso

Em uma incrível reviravolta da ciência reprodutiva moderna, os gêmeos Timothy e Lydia Ridgeway nasceram…

9 horas ago

O modesto patrimônio do Papa Francisco: o legado de simplicidade que marcou o seu papado

Nesta segunda-feira (21), foi anunciada a morte do Papa Francisco, aos 88 anos. Dessa maneira,…

9 horas ago

Segunda vítima morre cinco dias após mulher enviar ‘ovos de Páscoa envenenados’ para a família do ex pore ‘vingança’

Recentemente, no Brasil, uma mulher foi acusada de enviar "ovos de Páscoa envenenados" para a…

10 horas ago

Doar sangue com frequência pode reduzir o risco de desenvolver câncer, revela estudo surpreendente

A doação de sangue, além de ser um gesto nobre que salva vidas, pode também…

10 horas ago

Drama nacional emocionante baseado em fatos reais surpreende com enredo forte e atuações poderosas

Recentemente, uma produção brasileira vem conquistando o público com sua história emocionante. “Inexplicável” foi lançado…

10 horas ago

Na Dinamarca, empatia é matéria obrigatória nas escolas – e o impacto é transformador

Enquanto o mundo debate como melhorar o sistema educacional, a Dinamarca dá um passo à…

10 horas ago