Nos Estados Unidos, um caso chocante de cyberbullying familiar vem ganhando espaço na mídia internacional. Uma adolescente passou mais de um ano sofrendo com ataques anônimos nas redes sociais, no entanto, o que mais chocou foi que a responsável por toda a dor era alguém dentro de casa: sua própria mãe.
O episódio aconteceu em Michigan, onde Kendra Licari, de 42 anos, foi condenada após confessar que estava por trás das mensagens ofensivas enviadas à filha e ao então namorado da jovem.
Usando artifícios como redes privadas virtuais (VPNs), números de telefone falsos e contas anônimas em plataformas digitais, Licari criou uma falsa identidade para praticar cyberbullying contra a própria filha.
Durante meses, a adolescente recebeu centenas de mensagens com insultos, humilhações e ameaças, acreditando estar sendo alvo de haters da internet. Os ataques afetaram profundamente seu bem-estar emocional e sua vida social — até que as autoridades intervieram.
A situação chamou a atenção da escola e da família, que decidiram denunciar os ataques às autoridades. A gravidade e a complexidade do caso exigiram o envolvimento do FBI, que, após investigações detalhadas, descobriu que todos os rastros digitais levavam à própria mãe da vítima.
Confrontada pelas evidências, Kendra Licari confessou os crimes. Ela foi condenada a até cinco anos de prisão por perseguição criminosa e uso indevido de tecnologias de comunicação.
Apesar da confissão, o motivo por trás das atitudes da mãe permanece envolto em dúvidas. De acordo com os promotores do caso, Kendra agiu de forma premeditada e meticulosa, usando técnicas digitais para despistar qualquer suspeita.
Ainda assim, não há uma explicação clara para tamanha crueldade, o que torna o caso ainda mais perturbador.
Especialistas em comportamento familiar afirmam que esse tipo de violência digital, vinda de dentro do ambiente doméstico, é mais comum do que se imagina — e costuma deixar marcas psicológicas profundas nas vítimas.
Imagem de Capa: Canva
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