Thibault é um oculista francês de 24 anos que, numa certa noite de 2015, teve o infeliz incidente de cair de uma varanda de 12 metros num espaço nocturno, acabando por ficar paralisado dos ombros para baixo, devido a uma lesão na medula espinhal C4-C5. Durante dois anos, o homem ficou “preso” a uma cama de hospital, dependente de ajuda de terceiros para tudo, desde comer, beber, e tratar da sua higiene pessoal.
Recentemente, acabou por viralizar nas redes sociais e notícias do mundo, ao ter conseguido mover-se sozinho graças a um exosqueleto controlado pela mente, desenvolvido pela Fonds de Dotation Clinatec, uma clínica de investigação francesa, e pela Universidade de Grenoble, em França.
Segundo as duas instituições, esta criação surgiu com a intenção de ajudar pessoas que, devido a lesões corporais, ficaram sem movimentos, a recuperarem a sua mobilidade e independência.
De acordo com um artigo publicado na secção de neurologia da revista científica The Lancet, Thibault foi submetido a uma cirurgia onde foram implantados no seu cérebro dois dispositivos com 64 eletrodos cada um, que, ao lerem o córtex motor, a região do cérebro que controla a função motora, lhe permitem controlar o exosqueleto com o seu cérebro. Durante os 24 meses do estudo e antes de passar à fase de controlo do equipamento, Thibault foi treinando num simulador os movimentos básicos, como andar, e praticando várias tarefas de alcance e toque e rotações do pulso, usando um avatar virtual em casa. Só após concluir essas fase pôde passar para a fase final de controlo do exosqueleto, que permitiu mover-se de acordo com a sua vontade.
Citado pela AFP, Thibault diz que o dispositivo, que pesa um total de 65 quilos, lhe mudou a vida e que se sentiu “como o primeiro homem a pisar a lua” quando vestiu o exoesqueleto. “Quando estás na minha posição não podes fazer nada com o corpo, então eu decidi fazer algo com o meu cérebro”, disse Thibault à AFP. “Não posso ir para casa amanhã no meu exoesqueleto, mas cheguei a um ponto em que posso andar quando quero e parar quando quero.”
Segundo os médicos responsáveis pelo estudo, para já o aparelho não ficará disponível para o público, tendo em conta que, para funcionar e ser seguro, o paciente tem ainda de ser amarrado ao tecto para minimizar o risco de cair. Contudo, acreditam que tem “o potencial de melhorar a qualidade de vida e a autonomia dos pacientes” e que poderá ser adaptado, por exemplo, para cadeiras de rodas controladas pelo cérebro.
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