O famoso “Morango do Amor” – morango coberto com brigadeiro branco e finalizado com uma casquinha crocante de calda vermelha – recentemente se tornou um fenômeno nas redes sociais brasileiras.
Originado na Bahia em 2020 e disseminado por confeiteiras, o doce viralizou em 2025 com publicações no TikTok, Instagram e X, registrando aumento de 1.333% nas buscas no Google e 2.300% no volume de pedidos via iFood, que ultrapassaram 257 mil entregas só no mês de julho.
No entanto, a crescente popularidade do doce não passou despercebida por golpistas digitais. Segundo a empresa de cibersegurança ESET, criminosos começaram a explorar a febre para disseminar fraudes online, criando anúncios falsos com ofertas como “caixas de morango do amor por R$ 9,90”, “kits de preparo caseiro” ou o “segredo da calda perfeita”.
Os esquemas seguem um padrão típico de fraude digital:
1. Criação de perfis falsos nas redes sociais, muitas vezes imitando confeitarias reais e utilizando fotos e marcas roubadas de empresas legítimas.
2. Ofertas com preços muito abaixo do mercado – por exemplo, três unidades por R$ 19,90 ou doze por R$ 49,90 –, muito aquém do valor médio que gira entre R$ 15 e R$ 26 por unidade.
3. Senso de urgência simulado, com contagem regressiva e supostas promoções limitadas.
4. Pagamento via Pix para destinos genéricos, como “Transação Segura”, dando falsa sensação de segurança.
5. Dados roubados ou aplicativos maliciosos, caso o link direcione a páginas que coletam dados pessoais, bancários ou instalam malware.
6. Nenhuma entrega é feita, e o consumidor fica sem produto e sem contato com o vendedor.
Diversos relatos apontam prejuízos concretos. No Rio Grande do Sul, consumidores pagaram por kits que nunca foram entregues; em um caso em Santos (SP), uma mulher de 56 anos comprou três morangos por R$ 20 e não recebeu nada.
A confeitaria Phamela Gourmet, com sede na Paraíba, teve ao menos 15 perfis falsos imitando sua marca no Instagram, o que gerou 36 reclamações no site Reclame Aqui em apenas uma semana.
A Polícia Civil de estados como Rio Grande do Sul e São Paulo emitiu alertas sobre o golpe, explicando o modus operandi e orientando os consumidores a verificar a autenticidade dos perfis, desconfiar de ofertas muito abaixo do mercado e evitar pagamentos via Pix sem garantias.
Daniel Barbosa, pesquisador da ESET, reforça: “Golpistas usam temas virais como isca. Atrás do engajamento alto, induzem cliques apressados. A melhor proteção é não agir por impulso, não compartilhar dados pessoais ou bancários e desconfiar de ofertas irresistíveis de fontes desconhecidas”.
O engajamento digital, em muitos casos, cria oportunidades para golpes sofisticados. O melhor antídoto permanece sendo a atenção redobrada, o uso de fontes confiáveis, e o compartilhamento de alertas com amigos e familiares para proteger toda a comunidade.
Imagem de Capa: Canva
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