O mais recente thriller psicológico da Netflix, “Jogo Justo”, escrito e dirigido por Chloe Domont, mergulha nas complexas interconexões entre misoginia, papéis de gênero e narcisismo nos relacionamentos contemporâneos e no mundo corporativo.
Desse modo, mostrando a transformação de um romance ardente, em um jogo de poder perigoso.
A relação inicialmente apaixonada entre os colegas Emily (interpretada por Phoebe Dynevor) e Luke (interpretado por Alden Ehrenreich) rapidamente se deteriora quando Emily é promovida ao lugar de Luke.
Dessa maneira, desencadeando uma onda de inveja e ameaças por parte de Luke, que se sente ameaçado pela nova posição de poder de Emily como sua superior. O que começa como um romance promissor se transforma em um turbilhão caótico, onde sabotagens e confrontos culminam em um desfecho trágico.
“Jogo Justo” desafia as convenções de gênero ao colocar Emily no papel de autoridade. Ela assume o controle, enquanto Luke se sente desconfortável com sua ascensão profissional e questiona sua aparência e comportamento.
Essa inversão de papéis evidencia como a sociedade ainda vê o sucesso feminino como uma ameaça à masculinidade, mesmo em ambientes supostamente progressistas.
No entanto, Emily é continuamente lembrada da misoginia em seu ambiente de trabalho tóxico, onde é desacreditada e humilhada, independentemente de seu mérito.
A inveja narcisista de Luke se manifesta por meio de uma série de microagressões e manipulações destinadas a minar a confiança de Emily. Seus ataques variam desde menosprezar o trabalho de Emily até tentativas de controlar sua imagem e comportamento.
Esse comportamento evidencia um padrão duplo no qual a sociedade elogia a ambição masculina, ao passo que desacredita e desvaloriza mulheres bem-sucedidas.
O filme enfatiza como mulheres bem-sucedidas frequentemente enfrentam a difícil escolha entre carreira e relacionamento. Assim, enfrentando críticas e hostilidades quando buscam o sucesso.
Constantemente, Luke pressiona Emily para se desculpar por sua promoção e para tentar ajudá-lo a avançar, enquanto ele reage com ciúmes e ressentimento. Essa dinâmica revela como os narcisistas, incapazes de lidar com a competência e independência de suas parceiras, recorrem à manipulação e à violência para afirmar seu poder.
“Jogo Justo” oferece uma análise instigante dos relacionamentos contemporâneos, destacando de forma contundente como o narcisismo e a misoginia podem corroer os laços de amor e respeito.
Ao desafiar as convenções de gênero e expor os padrões duplos na sociedade e nos relacionamentos, o filme lança uma luz reveladora sobre os desafios enfrentados pelas mulheres tanto no ambiente profissional quanto pessoal.
Imagem de Capa: Reprodução
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